Goiás decreta emergência em saúde pública após aumento expressivo de casos de SRAG
Secretaria de Saúde intensifica estratégias de enfrentamento diante de avanço de síndromes respiratórias; rede hospitalar será readequada e leitos de UTI serão reforçados

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) decretou situação de emergência em saúde pública após registrar um crescimento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. A decisão, fundamentada em critérios técnicos e epidemiológicos, foi oficializada após o volume de internações ultrapassar o limite histórico esperado para o período.
Segundo a SES-GO, a taxa de solicitações de internação por SRAG já apresenta um aumento de 33,27% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, até o momento, já foram registrados 6.743 casos, com destaque para 1.117 diagnósticos de Influenza e 306 de Covid-19 — um salto superior a 50% em relação ao mesmo recorte de 2023.
Ao longo de todo o ano passado, foram notificados 7.477 casos da síndrome, sendo 905 por Influenza e 960 por Covid-19, segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), consolidado pelo Ministério da Saúde.
O cenário acendeu o alerta das autoridades sanitárias estaduais, que rapidamente elaboraram um plano de contingência. Entre as ações emergenciais estão o reforço na vigilância epidemiológica, ampliação da capacidade hospitalar e articulação com os municípios para conversão de leitos clínicos e de UTI adulto voltados ao tratamento de SRAG.
“Essa é uma resposta célere e proporcional ao que os dados nos mostram. Estamos antecipando medidas de contenção e reforçando nossa capacidade assistencial para evitar um colapso da rede”, afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim. Segundo ela, o estado já articula com o Ministério da Saúde o envio de recursos adicionais para reforçar as estruturas locais.
Além da atuação direta no sistema hospitalar, a SES-GO também anunciou que reforçará as campanhas de vacinação contra Influenza e Covid-19, com foco nos públicos vulneráveis, como idosos, gestantes, crianças pequenas e pessoas com comorbidades.
Municípios como Aparecida de Goiânia, Anápolis e Rio Verde já encaminharam pedidos formais de apoio técnico e financeiro para ampliação de leitos. A descentralização das ações é parte da estratégia para manter o fluxo de atendimento em regiões com maior pressão sobre o sistema de saúde.
A Secretaria Estadual de Saúde deve detalhar as medidas emergenciais e apresentar o balanço atualizado da situação epidemiológica em entrevista coletiva agendada para a próxima segunda-feira, 30 de junho.
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