Goiás consolida protagonismo na Inteligência Artificial com inovação, investimentos e parcerias globais
Estado avança na criação de políticas públicas, centros de excelência e startups de tecnologia; pesquisa aplicada em IA já gera impacto em setores estratégicos como transporte, agronegócio e serviços digitais.

Goiás tem se firmado como um dos polos mais dinâmicos do país na aplicação e desenvolvimento de soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA). Mais do que adotar ferramentas digitais, o estado investe em pesquisa científica, políticas públicas e inovação aberta, consolidando um ecossistema capaz de gerar impacto econômico e social.
De acordo com o relatório “Tendências”, produzido pela consultoria Ecossistema Great People & GPTW, quase metade das empresas goianas já utiliza ferramentas de IA em processos internos, seja para aumentar a produtividade, reduzir custos ou aprimorar a relação com clientes. O índice posiciona Goiás à frente de outros estados em ritmo de transformação digital, reforçando a competitividade local.
Pesquisa e fomento público
Goiás abriga o primeiro Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia-UFG) do país, reconhecido por projetos premiados pela Embrapii e por parcerias estratégicas com empresas nacionais e internacionais. Além disso, o estado foi pioneiro na criação de uma lei estadual de incentivo à IA, que estrutura políticas de apoio e fomento ao setor.
O governo também lançou programas voltados a startups e pesquisadores, como o Epicentro da Inteligência Artificial, que destina R$ 2 milhões a dez iniciativas inovadoras, com mentorias especializadas e acesso a laboratórios de ponta. Outro destaque é o Akcit Camp, voltado à inovação aberta, que conecta desenvolvedores e empreendedores a empresas em busca de soluções de impacto.
Casos práticos
Entre as empresas locais, a Rápido Araguaia tem utilizado IA para monitorar o consumo de combustível da frota, antecipar falhas mecânicas e até desenvolver um “copiloto de manutenção”, que auxilia mecânicos com base em modelos preditivos e leitura de manuais técnicos. O resultado é mais eficiência operacional e redução de custos.
No setor acadêmico, a parceria entre a NVIDIA e o Ceia-UFG resultou na instalação de supercomputadores de última geração, com investimento de R$ 40 milhões em parceria com a Embrapii. Essa infraestrutura, conhecida como POD (Point of Delivery), permite treinar modelos complexos de IA, abrindo espaço para pesquisas inéditas no Brasil em áreas como saúde, agricultura e cidades inteligentes.
Visão de futuro
Para o vice-governador Daniel Vilela, os números refletem a estratégia estadual de combinar ciência, educação e setor produtivo:
“Damos as condições para que empresas e universidades inovem, gerem empregos qualificados e façam de Goiás uma referência nacional em desenvolvimento tecnológico”.
Já o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, reforça a dimensão estratégica:
“Investir em inovação é gerar oportunidades reais para negócios, startups e para a sociedade. Goiás está no caminho certo para se consolidar como polo nacional de IA”.
Desafios
Apesar dos avanços, especialistas apontam que a consolidação da IA em Goiás exige formação de mão de obra especializada, continuidade de investimentos públicos e a transformação de pesquisas em produtos escaláveis para o mercado. Além disso, a mensuração real do uso da tecnologia pelas empresas ainda demanda dados mais detalhados, de modo a refletir a adoção em diferentes setores e portes empresariais.
Com políticas pioneiras, infraestrutura avançada e um ecossistema de inovação em expansão, Goiás já colhe resultados concretos do investimento em inteligência artificial. O desafio, agora, é escalar esse protagonismo, garantindo que as soluções produzidas no estado ultrapassem fronteiras e consolidem a região como referência nacional e internacional em tecnologia.
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