Goiás confirma cinco casos de Mpox em 2025 e mantém vigilância ativa contra a doença
Mesmo sem registro de mortes, estado segue em alerta; vacinação segue restrita a grupos prioritários e não há previsão de novos lotes do Ministério da Saúde.

Goiás confirmou, até o início de maio de 2025, cinco casos de Mpox, doença viral anteriormente conhecida como monkeypox. Embora o número represente uma queda em relação aos 29 diagnósticos registrados em todo o ano de 2024, autoridades sanitárias mantêm o alerta diante da baixa cobertura vacinal e da persistência de fatores de risco, sobretudo entre grupos vulneráveis.
“Apesar do cenário controlado, é fundamental manter a vigilância, a testagem e a imunização dos grupos elegíveis”, reforçou a subsecretária estadual de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, em entrevista à imprensa local.
O que é a Mpox?
A Mpox é uma zoonose viral causada pelo vírus da mesma família da varíola humana. A infecção provoca sintomas como febre, dor no corpo, dor de garganta, cefaleia e, principalmente, lesões cutâneas — estas últimas, características e dolorosas, aparecem em diferentes partes do corpo e demandam isolamento do paciente até a completa cicatrização.
A transmissão ocorre por contato direto com fluidos corporais, lesões de pele, secreções respiratórias de pessoas infectadas ou objetos contaminados, como roupas de cama e toalhas.
Vacinas: poucas doses e público restrito
Atualmente, Goiás dispõe de apenas 205 doses da vacina contra a Mpox, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Elas estão armazenadas em dois pontos de referência: o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia, e o Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás (Heal), ambos integrantes da rede dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).
As vacinas disponíveis são destinadas exclusivamente à conclusão de esquemas vacinais iniciados em 2024. Segundo o Ministério da Saúde, não há previsão de envio de novos lotes para início de esquemas inéditos neste momento.
Quem pode se vacinar:
A vacinação é indicada para:
- Pessoas vivendo com HIV/aids, incluindo homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais, com 18 anos ou mais;
- Profissionais de laboratório que manipulam o orthopoxvírus (em laboratórios NB-2), com idade entre 18 e 49 anos;
- Contatos próximos (com exposição a fluidos ou secreções de casos suspeitos ou confirmados), desde que avaliados como risco médio ou alto pelas equipes de vigilância epidemiológica.
A orientação da Secretaria é que indivíduos aptos procurem os Cries para avaliar a necessidade de imunização e garantir a proteção adequada, sobretudo se houver histórico de exposição recente.
Monitoramento e orientação
Todos os casos confirmados neste ano foram isolados e monitorados pelas autoridades locais. A orientação é que qualquer pessoa que apresente sintomas sugestivos ou tenha tido contato próximo com casos suspeitos procure imediatamente uma unidade de saúde e evite aglomerações ou contato íntimo até avaliação médica.
A subsecretária Flúvia Amorim reforça:
“A prevenção, a informação e a identificação precoce dos sintomas continuam sendo as nossas principais armas contra a Mpox.”
Contexto nacional
Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Brasil registrou, desde 2022, mais de 11 mil casos de Mpox, com a maioria concentrada nos grandes centros urbanos. A taxa de letalidade é baixa, mas os quadros podem evoluir de forma grave, especialmente em pacientes imunossuprimidos.
O monitoramento epidemiológico segue ativo, com as secretarias estaduais em contato permanente com o ministério para atualização de protocolos, notificações e planejamento de futuras ações de vacinação.
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