Goiás conclui leilão da CELGPAR com investimentos de R$ 227 milhões em transmissoras de energia
Processo de alienação de participações societárias em quatro lotes reforça presença da iniciativa privada no setor elétrico e consolida estratégia do estado em concentrar-se em funções essenciais.
O Governo do Estado de Goiás, por meio da Companhia CELG de Participações (CELGPAR), concluiu nesta quarta-feira o leilão de alienação de participações societárias em quatro empresas de transmissão de energia, realizadas na B3, movimentando R$ 227,3 milhões.
O processo distribuiu os ativos em quatro lotes. No Lote A, que engloba 100% das ações da Firminópolis Transmissão e da Lago Azul Transmissão, a EDP Transmissão Goiás S.A apresentou proposta vencedora de R$ 83,6 milhões. O Lote B, composto por 49% das ações da Pantanal Transmissão, foi adquirido pela Órion Transmissão S.A por R$ 43,1 milhões. No Lote C, a Hy Brazil Energia S.A arrematou 20% da Energética Fazenda Velha com oferta de R$ 8,7 milhões. O Lote D, formado por 25% das ações ordinárias e 50% das ações preferenciais da Energética Corumbá III, totalizando 37,5% do capital social, foi adquirido pela Neoenergia Renováveis S.A por R$ 91,8 milhões.
Em seu discurso, o governador Ronaldo Caiado enfatizou que a estratégia de Goiás é concentrar os esforços do Estado nas funções essenciais — saúde, educação e segurança — enquanto a iniciativa privada assume o gerenciamento de ativos econômicos, promovendo eficiência e atraindo investimentos. “O esforço continuará acontecendo, e Goiás se ocupará daquilo que é responsabilidade de Estado, garantindo serviços essenciais e oportunidades de crescimento para empresários e cidadãos”, afirmou.
Adriano da Rocha Lima, secretário-geral do governo e presidente da CELGPAR, destacou os desafios enfrentados durante o processo e a importância da transparência e da capacidade técnica na condução do leilão. “Houve obstáculos que não prevíamos, mas com transparência, lisura e planejamento técnico, conseguimos concluir a alienação conforme os padrões exigidos”, disse.
Representando a B3, Rogerio Santana, diretor de Relacionamento com Clientes e Governança em Licitações, reforçou a credibilidade do ambiente de leilões da bolsa. “Há mais de 30 anos, promovemos a convergência entre projetos de qualidade e investidores, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país”, afirmou.
O leilão consolida a participação da iniciativa privada no setor elétrico de Goiás, estimula investimentos e reforça a estratégia do governo de priorizar áreas essenciais do serviço público, enquanto fortalece a eficiência operacional do setor energético.
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