Goiânia reduz quase pela metade os casos de dengue em 2025 após intensificação do combate ao Aedes aegypti
Com mais de 2,3 milhões de visitas domiciliares e ações contínuas de vigilância, capital registra queda de 47,2% nos casos e reforça estratégia mesmo em período de estiagem

Goiânia apresenta uma redução expressiva nos casos de dengue em 2025, consolidando um recuo de 47,2% em relação ao ano anterior, resultado atribuído à intensificação das ações de vigilância ambiental, controle vetorial e mobilização comunitária conduzidas pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O enfrentamento ao Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — ultrapassou a marca de 2,3 milhões de visitas domiciliares ao longo do ano, alcançando residências, comércios e áreas consideradas críticas.
Dados do Boletim Epidemiológico de Arboviroses indicam que a capital contabilizou 28.427 casos de dengue em 2025, incluindo 67 registros classificados como graves e 34 óbitos confirmados. No mesmo período do ano anterior, Goiânia havia registrado 50.508 casos e 81 mortes, evidenciando uma redução significativa tanto na incidência quanto na letalidade associada à doença.
A estratégia adotada pela SMS priorizou a eliminação de focos do mosquito e a atuação preventiva contínua, independentemente das condições climáticas. Segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, o combate à dengue exige vigilância permanente. Ele ressalta que o trabalho de campo realizado pelos agentes de combate às endemias, aliado à orientação direta da população, é decisivo para conter a proliferação do vetor e reduzir a circulação do vírus.
O painel de controle antivetorial da pasta revela que, em 2025, foram identificados 30.890 focos do Aedes aegypti em 21.624 imóveis vistoriados. As equipes também realizaram inspeções compulsórias em 1.017 imóveis abandonados ou permanentemente fechados, considerados pontos estratégicos de risco. Como parte das medidas administrativas, foram lavrados 75.952 autos de infração relacionados ao descumprimento de normas sanitárias.

Além das vistorias, o município ampliou o monitoramento entomológico por meio de armadilhas de oviposição, dispositivos que permitem mapear áreas com maior concentração de ovos do mosquito. Na Região Noroeste, uma das mais sensíveis do ponto de vista epidemiológico, mil armadilhas foram instaladas para intensificar o controle e orientar ações direcionadas.
Especialistas em saúde pública apontam que a combinação entre vigilância ativa, fiscalização rigorosa e participação da população é determinante para a manutenção da queda nos índices. A Prefeitura reforça que o cenário de melhora não elimina o estado de alerta e que a colaboração dos moradores, com a eliminação de criadouros e o cuidado contínuo com quintais e reservatórios de água, permanece essencial para evitar novos surtos.
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