Goiânia intensifica demolição de imóveis abandonados e elimina focos recorrentes de criminalidade em 2025
Com 34 estruturas removidas neste ano, Prefeitura acelera processos administrativos para desarticular “mocós” e reforçar a segurança urbana em áreas sensíveis da capital

A Prefeitura de Goiânia ampliou, ao longo de 2025, a política de enfrentamento a imóveis abandonados utilizados como esconderijos e pontos de apoio para práticas criminosas. Levantamento da Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) indica que 34 edificações sem função social foram demolidas neste ano, após vistorias técnicas e a conclusão de trâmites administrativos, em uma estratégia integrada de ordenamento urbano e prevenção à violência.
As construções, muitas delas em avançado estado de degradação, vinham sendo usadas como “mocós” — locais empregados para tráfico de drogas, consumo de entorpecentes, receptação e abrigo de criminosos — e representavam risco permanente à segurança de moradores, comerciantes e equipamentos públicos do entorno. Segundo a administração municipal, a diretriz é clara: estruturas condenadas, sem possibilidade de recuperação e que afrontam a legislação urbanística, devem ser suprimidas para interromper ciclos de ocupação irregular e criminalidade.
O prefeito Sandro Mabel afirma que a ação tem caráter preventivo e estruturante. “Quando a área está completamente perdida e sem viabilidade de recuperação, a demolição é a medida responsável. São espaços que atraem violência e desordem. Eliminá-los é devolver segurança e dignidade ao cidadão”, declarou.
De acordo com o secretário municipal de Eficiência, Fernando Peternella, a gestão implementou um novo fluxo administrativo para acelerar decisões e evitar que imóveis públicos ou privados abandonados se tornem passivos permanentes. O modelo busca garantir o cumprimento da legislação, reduzir a judicialização prolongada e impedir novas ocupações irregulares. As operações contam com apoio da Defesa Civil, das secretarias de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e de Engenharia de Trânsito (SET), além da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que atua na segurança das equipes e no controle do entorno.
Entre os casos considerados emblemáticos está a demolição de uma construção na Vila Santa Tereza, nos fundos do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Recanto Infantil. Abandonado havia mais de uma década, o imóvel era apontado por moradores e pela direção da unidade escolar como ponto frequente de atividades criminosas. O CMEI, que atende cerca de 90 crianças, sofreu reiteradas invasões, furtos de equipamentos e registros de vandalismo, incluindo incêndios, situação que motivou reiterados pedidos de providências ao poder público.
Outra intervenção de destaque ocorreu na Avenida Independência, esquina com a Rua 68, em frente à Praça do Trabalhador, onde um antigo banheiro público desativado havia se transformado em ponto de risco. Segundo a GCM, a estrutura não cumpria mais qualquer função coletiva e era usada como abrigo para práticas ilícitas. Para o comandante da corporação, Gustavo Toledo, a retirada desses espaços tem impacto direto na segurança. “Ao eliminar estruturas sem função social, retiramos esconderijos e ampliamos a visibilidade das áreas públicas, o que fortalece a atuação das forças de segurança e reduz oportunidades para o crime”, avaliou.
A prefeitura sustenta que a política de demolições não é isolada, mas parte de uma estratégia mais ampla de requalificação urbana, que inclui fiscalização contínua, articulação com órgãos de segurança e ações de prevenção social. A expectativa da gestão é manter o ritmo das intervenções e consolidar um padrão de resposta mais célere a imóveis abandonados que representem ameaça à ordem urbana.
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