Goiânia aposta na mobilidade verde: bicicletas elétricas compartilhadas serão integradas ao transporte coletivo
Projeto inédito na capital goiana começará pelo Terminal Recanto do Bosque e visa tornar o deslocamento urbano mais sustentável, prático e eficiente

Goiânia dá um passo significativo rumo à mobilidade urbana sustentável. Em anúncio feito durante o programa Café com CBN, nesta quarta-feira (21), o prefeito Sandro Mabel revelou que a capital goiana vai implementar um sistema de bicicletas elétricas compartilhadas, integrado ao transporte coletivo. O projeto-piloto começa ainda em junho no Terminal Recanto do Bosque e deve se expandir para outros pontos da cidade.
A proposta é simples e revolucionária: o usuário do transporte coletivo poderá retirar uma bicicleta elétrica ao desembarcar do ônibus, utilizá-la gratuitamente para completar o trajeto até sua residência e devolvê-la ao terminal até 12 horas depois, no trajeto de volta ao trabalho. O serviço estará incluso na tarifa do transporte coletivo, sem custo adicional para o passageiro.
“Quando o BRT chegar ao ponto final, o passageiro poderá pegar uma bicicleta elétrica, já incluída no valor da passagem, ir para casa com ela e, no dia seguinte, retornar com a bicicleta ao terminal e seguir de ônibus para o trabalho”, explicou o prefeito Sandro Mabel.
Logística em andamento
O sistema será operado pelo RedeMob Consórcio, responsável pela gestão do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo o diretor executivo da RedeMob, Leomar Avelino, os primeiros testes estão programados para a primeira quinzena de junho.
“Esperamos receber as bicicletas nos próximos dias, finalizar a estrutura do bicicletário no terminal e, em seguida, iniciar uma ampla campanha de divulgação para orientar a população”, afirmou Avelino.
A estrutura inicial contempla um conjunto de bicicletários seguros, sistema de monitoramento, pontos de recarga elétrica e integração digital com o cartão de transporte. O modelo foi inspirado em sistemas adotados em cidades como Bogotá, Paris e São Paulo, onde a integração entre modais tem se mostrado eficaz no combate à superlotação e na promoção da mobilidade ativa.
Ciclovias nos corredores de ônibus
O prefeito também adiantou que o projeto contempla a construção de ciclovias nos 36 corredores de ônibus da capital. A medida visa dar segurança aos ciclistas e consolidar uma malha cicloviária contínua, um dos gargalos históricos da mobilidade em Goiânia.
“Estamos redesenhando Goiânia para o futuro. Queremos uma cidade mais humana, mais prática e menos poluída. A bicicleta elétrica é uma aliada poderosa na mobilidade urbana do século 21”, defendeu Mabel.
Trânsito mais seguro: “direita livre” será sinalizada
Durante o mesmo programa, o prefeito anunciou ainda que Goiânia terá melhorias na sinalização dos 72 cruzamentos com “direita livre” — locais onde é permitido virar à direita mesmo com o semáforo fechado.
A decisão vem após um estudo da Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), que identificou confusão entre condutores sobre o uso correto dessas faixas. Em muitos casos, motoristas param desnecessariamente no semáforo, comprometendo a fluidez. A prefeitura vai pintar postes de iluminação próximos aos cruzamentos com marcações específicas, facilitando a identificação dos pontos com a conversão liberada.
O que vem por aí?
- Início dos testes com as bicicletas elétricas: 1ª quinzena de junho
- Primeiro ponto do projeto: Terminal Recanto do Bosque
- Retirada gratuita da bicicleta: incluída na tarifa do transporte
- Devolução obrigatória: até 12h após o uso
- Expansão prevista: demais terminais e integração plena com ciclovias
- Investimentos: ainda não detalhados, mas com parceria público-privada em discussão
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