Gestão de maternidades municipais em Goiânia é assumida por organizações sociais para ampliar eficiência e qualidade
Hospital e Maternidade Célia Câmara e Maternidade Nascer Cidadão passam a ser administrados por SBJ e AHBB, com foco em atendimento contínuo e cumprimento rigoroso de metas assistenciais.
As maternidades municipais de Goiânia entram em um novo ciclo administrativo com a assunção da gestão pelo modelo de organizações sociais. Nesta sexta-feira (29/8), a Sociedade Beneficente São José (SBJ) assumiu a administração do Hospital e Maternidade Célia Câmara, enquanto a Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) passou a gerir a Maternidade Nascer Cidadão.
A mudança integra um modelo que busca otimizar a operação das unidades de saúde materno-infantil, garantir regularidade no atendimento e fortalecer o controle sobre o cumprimento de metas assistenciais, conforme explicou o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer.
“Hoje concluímos a transição de gestão das maternidades municipais. Estou confiante de que teremos um salto de qualidade no cuidado oferecido a gestantes, puérperas e crianças. As organizações sociais já estão totalmente responsáveis por escalas de profissionais, abastecimento de insumos e estruturação dos serviços”, afirmou Pellizzer.
Desde 2012, a administração das maternidades Dona Íris, Célia Câmara e Nascer Cidadão estava a cargo da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), com custo mensal de R$ 20,4 milhões, sem processo de seleção pública que permitisse a participação de outras entidades sem fins lucrativos. Com o novo modelo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) destinará R$ 12,6 milhões mensais, com maior rigor na fiscalização do desempenho assistencial.
A superintendente de Redes de Atenção à Saúde, Camila Brum, ressaltou que os planos de trabalho das organizações sociais seguem os mesmos pactuados com a Fundahc, mas com controle mais rígido sobre metas e indicadores, garantindo acesso efetivo da população aos serviços.
Processo de transição e futuro edital
Os termos de colaboração firmados com SBJ e AHBB têm validade inicial de 180 dias, em caráter emergencial. Paralelamente, a SMS prepara edital de chamamento público para definir de forma definitiva as organizações que irão gerir as maternidades, garantindo transparência, sustentabilidade e alinhamento ao interesse público.
“Já iniciamos a qualificação de organizações sociais aptas a atuar no município. Agora, vamos elaborar estudos técnicos preliminares e o termo de referência, assegurando que a contratação seja exequível e sustentável”, detalhou Pellizzer.
O modelo, já aplicado em algumas cidades brasileiras, é considerado uma estratégia para ampliar eficiência administrativa, reduzir desperdícios e garantir melhor acompanhamento do serviço prestado, sem prejuízo do atendimento à população mais vulnerável.
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