7 de dezembro de 2025
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Funcionário terceirizado é flagrado agredindo cão em pet shop de Aparecida de Goiânia: “Ele pode até ficar cego”, diz tutora

Agressão ocorreu durante o banho e tosa; animal teve lesões no olho e dificuldade para andar. Pet shop afirma que agressor era freelancer e foi afastado imediatamente. Tutora deve registrar boletim de ocorrência ainda hoje.
Por meio de nota, a clínica Amigo Pet esclareceu que o agressor era um profissional freelancer, contratado apenas para aquele dia, e que não faz parte da equipe fixa.

Um caso de violência animal chocou moradores da Região Metropolitana de Goiânia nesta terça-feira (11/6). Um funcionário terceirizado de um pet shop, localizado no Setor Santa Luzia, foi flagrado por câmeras de segurança agredindo violentamente um cachorro de pequeno porte durante um procedimento de tosa. A agressão teria durado cerca de 50 minutos, segundo apuração da tutora do animal, que notou sinais de machucados no olho e dificuldade de locomoção após buscar o pet no estabelecimento.

“Quando cheguei em casa e vi o estado dele, meu mundo desabou. O olho estava inchado, ele mancando, assustado. O veterinário disse que, dependendo da evolução, ele pode até perder a visão”, relatou a tutora, que pediu para não ter o nome divulgado por medo de retaliações.


Imagens revelam agressões prolongadas

As imagens captadas pelas câmeras internas do estabelecimento mostram o profissional, que não integra a equipe fixa, puxando o cão com violência, o imobilizando com força excessiva e batendo contra a mesa de tosa. Em determinado momento, ele também parece usar o equipamento de corte de forma negligente, provocando dor e estresse evidente ao animal.

Segundo a tutora, ao solicitar acesso às imagens após perceber os ferimentos, foi autorizada a assisti-las na presença da equipe da clínica. O vídeo será entregue à Polícia Civil de Goiás, que deve abrir um inquérito por maus-tratos a animais, com base na Lei Federal 14.064/20, que prevê penas de até cinco anos de prisão em casos de crueldade contra cães e gatos.


Nota do pet shop: “Ele não faz parte da equipe”

Procurada, a Amigo Pet, clínica onde ocorreu a agressão, divulgou nota oficial lamentando o episódio. A empresa afirmou que o homem filmado agredindo o animal era um profissional freelancer, contratado de forma pontual para suprir uma ausência temporária na equipe.

“Assim que tomamos ciência do ocorrido, o profissional foi imediatamente afastado. Prestamos assistência veterinária de emergência ao animal, reforçamos nossos protocolos de segurança interna e seguimos oferecendo todo o apoio necessário à tutora”, diz o comunicado.

A clínica também se comprometeu a colaborar integralmente com as investigações.


Repercussão e pressão popular

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, especialmente após vídeos e fotos do animal ferido serem compartilhados por ativistas da causa animal. O perfil da @policiacivil_go, que deve receber o boletim de ocorrência ainda nesta quarta-feira, foi marcado por centenas de internautas pedindo punição exemplar ao agressor.

A ONG Protetores de Aparecida, que acompanha casos de maus-tratos na cidade, informou que irá acompanhar de perto o inquérito e cobrar da Justiça que o acusado seja responsabilizado de forma exemplar.

“Esse tipo de violência não pode passar impune. É inaceitável que alguém se proponha a cuidar de um animal e, em vez disso, pratique tortura física e psicológica contra ele”, declarou em nota a coordenação da ONG.


Ferimentos e riscos: cegueira não está descartada

O cachorro, um maltês de 4 anos, permanece em observação veterinária, com acompanhamento oftalmológico. Segundo laudo preliminar, ele sofreu trauma ocular com risco de perda parcial ou total da visão, além de lesão ligamentar na pata dianteira. O animal apresenta sinais de estresse pós-traumático e deve receber acompanhamento comportamental.

A tutora deve protocolar ainda hoje o registro formal do caso na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Goiânia, que será responsável pela investigação.


Violência contra animais é crime. Denuncie.

Disque 180, 190 ou registre na delegacia especializada da sua cidade. Para Goiás, denúncias também podem ser feitas via aplicativo “Delegacia Virtual” da Polícia Civil.

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Marcus

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