Funcionário de supermercado é preso por golpe de R$ 200 mil contra patrão em Aparecida de Goiânia
Suspeito convenceu empresário de que a ex-mulher tinha câncer e prometia cura espiritual em troca de dinheiro. Vítima chegou a doar carro e fazer diversas transferências via PIX.

Um funcionário de um supermercado em Aparecida de Goiânia (GO) foi preso suspeito de aplicar um golpe de R$ 200 mil contra o próprio patrão. Segundo a Polícia Civil, ele inventou que a ex-mulher do empresário estava com câncer em estágio avançado e que, por meio de rituais espirituais, poderia tanto curá-la quanto reatar o relacionamento do casal.
O empresário, emocionalmente fragilizado pela separação, caiu no esquema e fez diversas transferências bancárias via PIX, além de doar um carro popular ao funcionário. O crime se desenrolou ao longo de oito meses, até que a vítima começou a desconfiar da história e denunciou o caso às autoridades.
Investigação e prisão
O golpe foi descoberto pela Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia, que identificou o suspeito e cumpriu o mandado de prisão. O delegado Igomar Caetano, responsável pelo caso, explicou que o funcionário se aproveitou da confiança que tinha com o patrão para sustentar a farsa.
“O suspeito explorou o abalo emocional da vítima e o convenceu de que sua ex-esposa estava gravemente doente, necessitando de dinheiro urgente para tratamento. Além disso, reforçava que poderia promover a reconciliação do casal por meio de práticas espirituais”, detalhou o delegado.
Durante a ação policial, os agentes apreenderam o celular do investigado, que pode conter provas adicionais sobre o crime. Ao ser interrogado, ele optou por permanecer em silêncio.
Reincidência e possíveis novas vítimas
A polícia revelou que o suspeito já tinha antecedentes pelo mesmo crime, o que levanta a possibilidade de outras vítimas. Ele foi autuado por estelionato, crime previsto no artigo 171 do Código Penal, que prevê pena de até cinco anos de reclusão.
As investigações seguem para identificar se ele agia sozinho ou com comparsas e se há mais pessoas lesadas pelo golpe.
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