Funcionário de empresa de energia é preso por desviar mais de R$ 130 mil com notas fiscais falsas
Esquema envolvia empresas de fachada e manipulação de documentos para desviar dinheiro; Polícia Civil cumpre mandados e investiga outros envolvidos

A Polícia Civil de Goiás prendeu, nesta sexta-feira (14), um funcionário de uma empresa de energia em Goiânia suspeito de arquitetar um esquema de falsificação de notas fiscais que resultou no desvio de mais de R$ 130 mil. A investigação aponta que ele usava empresas de fachada registradas em nome de familiares e amigos para emitir documentos fiscais fraudulentos e movimentar o dinheiro desviado sem levantar suspeitas.
O caso veio à tona depois que a própria empresa identificou irregularidades contábeis e acionou as autoridades. Segundo o delegado Thiago César Oliveira, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), o funcionário se aproveitava de falhas no sistema interno para replicar notas fiscais já aprovadas e modificar os valores, direcionando os pagamentos para prestadores de serviço fictícios.
Fraude sofisticada e ligação entre suspeitos

Durante as investigações, a polícia constatou que o funcionário não agia sozinho. Pelo menos outros dois suspeitos participavam do esquema, incluindo pessoas com laços familiares e de amizade com ele. “Detectamos que empresas fantasmas eram utilizadas exclusivamente para a emissão dessas notas falsas. Elas não possuem atividade real, quadro societário ativo ou funcionários, o que evidencia a intenção criminosa por trás de sua criação”, explicou o delegado.
Além disso, os investigadores descobriram que o grupo falsificava dados bancários para ocultar os verdadeiros beneficiários dos pagamentos ilegais. O funcionário usava sua posição dentro da empresa para garantir que as transações passassem despercebidas, aproveitando-se da confiança dos gestores.
Operação e medidas judiciais
Com base nas provas levantadas, a Justiça autorizou a prisão temporária de três suspeitos, além de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao esquema em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Também foi determinado o bloqueio de bens e valores dos investigados para tentar recuperar parte do prejuízo causado à empresa.
A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar possíveis novos envolvidos e apurar se o golpe pode ter causado danos financeiros ainda maiores. O nome do funcionário e da empresa não foram divulgados. Até o momento, a defesa dos suspeitos não se manifestou.
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