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20 de junho de 2025
JustiçaNotíciasPolíciaÚltimas

Fraude de R$ 17 Milhões na Caixa Econômica Federal: PF Desarticula Organização Criminosa em Goiás

Operação “Insider Key” revela esquema de empréstimos consignados fraudulentos que lesou 143 servidores públicos e envolveu gerente da CEF
Momento em que agente cumpre mandado de busca e apreensão e armas apreendidas durante operação (Divulgação/Polícia Federal)

Uma minuciosa investigação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (7), expôs uma audaciosa organização criminosa especializada em fraudar empréstimos consignados da Caixa Econômica Federal (CEF) em Goiânia, causando um prejuízo estimado em R$ 17 milhões. O golpe, que teve como vítimas 143 servidores do próprio banco, envolvia a promessa de redução de parcelas de empréstimos existentes, utilizando empresas que se apresentavam como correspondentes bancários para angariar as vítimas.

Segundo detalhou o delegado André Monteiro, responsável pela operação, o modus operandi da quadrilha era engenhoso e explorava a confiança e a necessidade financeira dos servidores. As empresas fraudulentas ofereciam a ilusão de diminuir o valor das prestações de empréstimos consignados já contratados. Ao aceitarem a proposta, as vítimas eram induzidas a fornecer dados pessoais sensíveis e a assinar autorizações para a realização de um novo empréstimo.

A etapa seguinte do golpe consistia na efetivação do novo contrato de crédito pela organização criminosa. O montante liberado pelo banco era então depositado na conta da vítima, mas, sob o pretexto de quitar o empréstimo anterior, era imediatamente transferido para contas bancárias indicadas pelos criminosos – os chamados “laranjas”. A fraude se revelava nos meses subsequentes, quando os servidores da CEF percebiam que a prometida portabilidade nunca havia ocorrido, encontrando-se agora com um novo débito e sem a quitação do anterior.

Em nota oficial, a Caixa Econômica Federal manifestou seu compromisso em colaborar ativamente com as investigações e operações das forças de segurança pública no combate a fraudes e golpes. A instituição financeira afirmou que investe continuamente no aprimoramento de seus critérios de segurança em movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas do mercado e adaptando suas defesas às novas táticas de fraudadores. A CEF também assegurou que monitora incessantemente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar atividades suspeitas, possuindo tecnologias e equipes especializadas para proteger os dados e as operações de seus clientes.

A investigação da PF teve início em 2023, a partir de uma Notícia Crime encaminhada pela própria Caixa, após a detecção de inconsistências em seus procedimentos internos de controle. “A partir da comunicação da CEF, foram realizadas diversas diligências para rastrear o destino dos valores obtidos com a fraude, identificando-se um grande volume de movimentações financeiras em contas de laranjas vinculadas à organização criminosa”, explicou o delegado Monteiro.

Um elemento central no esquema criminoso foi a participação de um gerente da Caixa Econômica Federal, cuja identidade não foi divulgada. Segundo a PF, o gerente facilitava as operações fraudulentas e possuía vínculos com as empresas envolvidas. Em decorrência do seu envolvimento, o funcionário foi submetido a um processo administrativo interno pela CEF e posteriormente demitido. As investigações revelaram que 341 contratos de empréstimos consignados foram “desaverbados” entre 2021 e 2022, um termo técnico que indica a desvinculação dos valores das contas dos servidores. Posteriormente, após a detecção da fraude, esses empréstimos foram novamente averbados aos clientes lesados, numa tentativa de mitigar os prejuízos.

A Operação da Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, sendo dez em Goiânia e um em Corumbaíba, no sudeste de Goiás. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens pertencentes aos investigados, visando o ressarcimento dos danos causados às vítimas e ao erário. Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos celulares, notebooks, veículos, vasta documentação relacionada às fraudes e um arsenal de 12 armas de fogo pertencente a um dos líderes da organização. Embora as armas estivessem registradas, a PF apurou que foram adquiridas com recursos provenientes das atividades ilícitas.

Os investigados deverão responder, na medida de sua participação, por uma série de crimes graves, incluindo peculato eletrônico (desvio de recursos públicos por meio eletrônico), corrupção passiva, corrupção ativa, gestão fraudulenta de instituição financeira, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Diante da sofisticação do golpe, a Polícia Federal reforça o alerta à população para que redobre a atenção ao receber propostas financeiras consideradas excessivamente vantajosas. O delegado André Monteiro enfatizou a importância de desconfiar de contatos não solicitados e, em caso de dúvida, buscar informações diretamente nos canais oficiais das instituições bancárias para confirmar a veracidade das ofertas e evitar cair em golpes semelhantes.

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