Feriado termina com morte e 29 acidentes nas rodovias federais de Goiás, aponta PRF
Operação especial registra quase 2,2 mil veículos fiscalizados, mais de 1,3 mil autuações e um capotamento fatal causado por direção alcoolizada na BR-414, em Corumbá de Goiás
O feriado prolongado do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra terminou com um cenário de alerta nas estradas federais que cortam Goiás. Dados oficiais divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam que 29 acidentes foram registrados entre quinta-feira (20) e domingo (23), resultando em 30 pessoas feridas e uma morte — números que reforçam a persistente relação entre aumento do fluxo de veículos, condutas imprudentes e maior risco de sinistros.
De acordo com a PRF, a operação especial mobilizou equipes em trechos de maior circulação, com foco na redução de acidentes e na fluidez do trânsito. No período, 2.125 veículos foram fiscalizados, e 2.705 pessoas passaram por procedimentos de verificação. As abordagens resultaram em 1.368 autuações por infrações diversas, que vão desde excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas até o não uso do cinto de segurança. Entre os alvos prioritários da fiscalização, o consumo de álcool ao volante voltou a se destacar como um dos fatores de maior preocupação.
A corporação observa que, embora o volume de acidentes tenha se mantido relativamente estável em relação a feriados anteriores, o grau de gravidade aumenta quando há combinação de pista simples, fluxo intenso e direção sob efeito de álcool — uma realidade comum em diversos trechos das rodovias federais goianas.
Capotamento em Corumbá de Goiás concentra a tragédia do feriado
O acidente mais severo registrado pela PRF ocorreu na tarde de domingo (23), na BR-414, região de Corumbá de Goiás, e terminou com a morte de uma jovem de 19 anos. A vítima estava no banco do passageiro quando o veículo, conduzido por um homem de 21 anos, capotou várias vezes após perda de controle da direção.
Segundo o relatório policial, ambos foram arremessados para fora do carro, o que indica ausência de uso do cinto de segurança — um dos fatores que mais ampliam o risco de fatalidade em capotamentos. A jovem morreu no local antes da chegada do socorro.
O condutor, que ficou ferido, foi submetido ao teste do etilômetro, que apontou 0,80 mg/L, índice considerado crime de trânsito e muito acima do limite legal. A PRF também verificou que o motorista não possuía habilitação. Todas as informações e documentos produzidos na ocorrência foram encaminhados à Polícia Civil, que agora conduz a investigação e a responsabilização penal do envolvido.
A PRF reforça que os dados do feriado expõem um problema recorrente: a persistência de práticas de risco, mesmo diante de campanhas regulares de educação no trânsito e operações intensificadas. Para a corporação, a redução efetiva de acidentes demanda o compromisso conjunto de fiscalização rigorosa, infraestrutura adequada e mudança de comportamento dos motoristas, sobretudo em períodos de maior movimentação nas estradas.
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