Personalizar preferências de consentimento

Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são requeridos para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.

Nenhum cookie para mostrar

Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.

Nenhum cookie para mostrar

16 de julho de 2025
JustiçaNotíciasPolíciaÚltimas

Feminicídio na zona rural de Goiás: trabalhador rural mata companheira e tenta justificar crime com suposto envenenamento

Homem de 50 anos foi preso em flagrante após matar companheira com tiro de espingarda em Vila Propício. Delegado desconfia de tentativa premeditada e apura versão apresentada por ele sobre suposto envenenamento.
O trabalhador rural é suspeito de matar a companheira com um tiro, em Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Um crime brutal chocou moradores da zona rural de Vila Propício, no Centro de Goiás, na última terça-feira (1º). Um trabalhador rural de 50 anos foi preso em flagrante sob acusação de feminicídio, após matar a companheira, de 34 anos, com um tiro de espingarda na região abdominal. O crime ocorreu dentro da residência do casal, em uma fazenda do município. Em depoimento à Polícia Civil, o homem afirmou ter agido sob efeito de veneno supostamente colocado pela vítima em um suco que ela teria lhe servido momentos antes do disparo.

A versão apresentada pelo suspeito, no entanto, é tratada com cautela pela equipe de investigação. De acordo com o delegado Marco Antônio Maia, responsável pelo caso, o local do crime foi encontrado incomumente limpo, o que levantou suspeitas de possível tentativa de manipulação da cena.

“A área foi aparentemente higienizada. Isso dificultou a coleta de vestígios, mas conseguimos localizar resíduos de um herbicida compatível com o que ele teria ingerido. Ainda assim, o tipo de substância encontrada não tem poder letal imediato, o que contraria a tese de envenenamento fatal”, explicou o delegado em entrevista exclusiva.

Funcionários testemunharam o caos após o disparo

Relatos de funcionários da fazenda onde o casal residia foram fundamentais para reconstituir os primeiros momentos após o crime. Eles disseram ter ouvido um disparo e, ao correrem para a casa, se depararam com o corpo da mulher enrolado em uma toalha e o suspeito vomitando. O genro do acusado, marido de uma filha dele de outro relacionamento, foi acionado por vizinhos e levou o suspeito a um hospital em Goianésia, distante cerca de 31 quilômetros do local do crime.

O corpo da vítima foi deixado na residência, e o dono da fazenda acionou as autoridades. A Polícia Civil iniciou as diligências imediatamente após a denúncia.

Prisão em flagrante no hospital

A prisão do suspeito foi efetuada ainda no hospital. Segundo a polícia, ele apresentava sinais de intoxicação, mas se recuperou sem necessidade de transferência. “Deixamos claro ao hospital que o fato de ele estar custodiado não impediria uma transferência, caso fosse clinicamente necessária”, acrescentou Marco Antônio.

Durante o interrogatório, o homem alegou ter ingerido um suco preparado pela companheira. Minutos depois, segundo ele, a mulher teria afirmado que o envenenou, o que teria motivado o disparo fatal. A polícia, no entanto, considera essa versão contraditória.

“A investigação revelou que, mais cedo naquele dia, o suspeito esteve em outras fazendas procurando veneno de rato. Não conseguiu, mas encontrou um herbicida utilizado para matar mato. Esse mesmo produto foi detectado na perícia”, afirmou o delegado.

Histórico de violência e motivação em apuração

A motivação do crime segue sob investigação. Não há, até o momento, registro anterior de violência doméstica formalizado por parte da vítima. A Polícia Civil investiga se houve premeditação, especialmente devido à suspeita de que o acusado teria tentado criar uma narrativa para justificar o assassinato.

O homem, que recebeu alta médica ainda na semana do crime, permanece preso e vai responder pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma de fogo. A espingarda utilizada no assassinato foi apreendida e passará por perícia balística.

O combate ao feminicídio e o papel das autoridades

Casos como esse reforçam a urgência da implementação de políticas públicas mais eficazes de prevenção à violência contra a mulher em áreas rurais, onde o acesso a canais de denúncia e proteção ainda é precário. Goiás tem registrado aumento de casos de feminicídio, o que exige ação integrada entre os órgãos de segurança, Justiça e assistência social.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado acompanha o caso, e a Polícia Civil segue colhendo depoimentos para elucidar todos os detalhes que possam comprovar a motivação e eventuais agravantes do crime.


Se você está em situação de violência doméstica, denuncie. Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou procure a Delegacia Especializada mais próxima. Seu silêncio não protege. Sua voz, sim.

Tags: #Feminicídio #ViolênciaContraMulher #Goiás #VilaPropício #SegurançaPública #InvestigaçãoCriminal #Justiça