Fazendeiro é morto com sete facadas em Montividiu: vaqueiro é preso e permanece em silêncio
Corpo de Jomar Silva Cruvinel foi encontrado na zona rural do município. Suspeito, um vaqueiro da fazenda, foi localizado em um bar e teve a prisão preventiva decretada. A motivação do crime segue sob investigação.
Um crime brutal abalou a zona rural de Montividiu, no sudoeste goiano. O fazendeiro Jomar Silva Cruvinel, de 55 anos, foi encontrado morto com sete perfurações de faca em sua propriedade. O principal suspeito, um vaqueiro que trabalhava na fazenda, foi preso horas depois do crime, ocorrido no dia 21 de agosto.
Segundo informações da Polícia Civil de Goiás, o corpo da vítima foi localizado em uma área isolada da fazenda, com marcas de violência que indicam uma possível luta corporal antes do assassinato. A Polícia Técnico-Científica (PTC) confirmou que Jomar foi atingido por sete facadas e morreu ainda no local, antes da chegada do socorro.
O delegado Carlos Batista, responsável pela investigação, afirmou que o suspeito foi localizado em um bar, em frente a um hotel onde estaria hospedado, na zona urbana do município. A prisão ocorreu no mesmo dia do homicídio. Conduzido à delegacia, o homem optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. A Justiça decretou a prisão preventiva, mantendo o suspeito detido enquanto o inquérito policial avança.
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) assumiu a defesa do vaqueiro, alegando que cumpre seu dever constitucional de garantir a representação legal a cidadãos que não possuem recursos para contratar advogado. Por meio de nota, a DPE-GO informou que atuou na audiência de custódia e que, por se tratar de um processo em curso, não comentará o caso publicamente.
A motivação do crime ainda não foi esclarecida, e os investigadores trabalham com várias hipóteses, incluindo possíveis desentendimentos trabalhistas ou pessoais. A Polícia Civil segue colhendo depoimentos de testemunhas e realizando diligências na tentativa de elucidar o que teria levado ao assassinato do proprietário rural.
A morte de Jomar Cruvinel gerou comoção na comunidade local, onde era conhecido como um homem discreto e respeitado. A Segurança Pública de Goiás não descarta a possibilidade de o crime ter sido premeditado, mas reforça que apenas a conclusão do inquérito poderá esclarecer os detalhes do caso.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Rio Verde e liberado para a família após a perícia. A investigação segue sob sigilo.
Nota da DPE-GO
A Defensoria Pública do Estado de Goiás informa que representou o investigado durante a audiência de custódia, cumprindo seu dever legal e constitucional de garantir a defesa de pessoas que não tenham condições de pagar por um profissional particular, e não comentará o caso. A partir disso, por se tratar de comarca onde a DPE-GO não está instalada de forma permanente, ocorre sua desabilitação no processo. Assim, será oportunizado prazo para o acusado constituir sua defesa ou para que haja nomeação pelo juízo.
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