Falso técnico é preso após furtar quase 600 metros de cabos de telefonia em, Aparecida de Goiânia
Suspeito de 50 anos foi detido pelo 8º BPM enquanto retirava cabos da rede em plena luz do dia; investigação aponta que grupo estaria envolvido em furtos recorrentes na região metropolitana.
A Polícia Militar prendeu na tarde deste sábado (29) um homem de 50 anos suspeito de furtar quase 600 metros de cabos de telefonia em Aparecida de Goiânia. A ação ocorreu na Rua 49, no Bairro Independência, após equipes do 8º Batalhão identificarem uma movimentação que não correspondia a qualquer serviço autorizado de manutenção. Segundo os policiais, o veículo utilizado pelo grupo — sem logotipo, ferramentas padronizadas ou identificação de empresa — reforçou a suspeita de atividade criminosa.
O homem estava acompanhado de outros dois integrantes, que conseguiram fugir ao perceber a aproximação da viatura. No local, os militares encontraram aproximadamente 578 metros de cabos do tipo ACP, utilizados por empresas de telecomunicação para transmissão de dados e telefonia. Esse tipo de material, composto por liga metálica de valor comercial elevado, tem sido alvo frequente de quadrilhas especializadas devido ao alto preço de revenda no mercado clandestino.
Durante a abordagem, o suspeito confessou que os cabos seriam levados a uma reciclagem situada no Jardim Bela Vista, também em Aparecida de Goiânia. Ele ainda afirmou ter furtado e vendido, nos últimos dias, mais de 2 mil metros de cabos subtraídos no município de Goianira, o que indica possível atuação contínua e organizada na região metropolitana.
De acordo com autoridades consultadas, esse tipo de crime provoca não apenas prejuízo financeiro às empresas, mas também paralisação de serviços essenciais, como telefonia, internet e sistemas de monitoramento urbano, afetando diretamente residências, comércios e repartições públicas.
Fiscalização intensificada
A Polícia Militar informou que reforçou as ações de vistoria em ferros-velhos e pontos de reciclagem, considerados fundamentais na cadeia criminosa. Segundo fontes do setor de segurança, esse mercado paralelo é o principal destino do material furtado e funciona como elo que sustenta a lucratividade das quadrilhas.
Além do crime de furto — que pode ser agravado caso haja interrupção de serviços públicos essenciais — compradores podem responder por receptação, crime previsto no Código Penal com pena de reclusão.
O suspeito detido foi encaminhado para a autoridade policial de plantão, e o material recuperado passou a ser catalogado para devolução às operadoras prejudicadas. A investigação prossegue para identificar e prender os demais integrantes do grupo.
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