Extraditada de Portugal, suspeita de lavar R$ 20 milhões para facção criminosa chega a Goiás
Mulher investigada por esquema de ocultação de capitais ligados ao tráfico internacional é entregue às autoridades brasileiras após cooperação com a Interpol e a Polícia Federal
Uma mulher apontada como integrante de uma organização criminosa responsável pela movimentação de milhões em recursos ilícitos foi extraditada de Portugal para Goiás e desembarcou no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, na manhã desta sexta-feira (19). De acordo com a Polícia Civil, ela é investigada por atuar na lavagem de cerca de R$ 20 milhões em apenas um ano, em um esquema associado ao tráfico de drogas.
A prisão ocorreu em 18 de maio de 2025, em Lisboa, após mais de seis meses foragida na Europa. A ação contou com a cooperação da Interpol e da Polícia Federal brasileira, que auxiliaram na localização da suspeita e na articulação diplomática para o cumprimento da ordem de extradição.
Estrutura financeira e ocultação de capitais
As investigações indicam que a mulher era responsável por criar mecanismos de dissimulação de movimentações financeiras, utilizando empresas de fachada, contas de terceiros e transações internacionais. O objetivo era mascarar a origem ilícita do dinheiro proveniente do tráfico, garantindo a injeção dos valores na economia formal.
A Polícia Civil sustenta que os repasses monitorados ultrapassaram R$ 20 milhões em doze meses, valor considerado significativo até mesmo dentro de padrões do crime organizado. O caso integra um inquérito de combate ao tráfico e à lavagem de dinheiro, que já resultou em mandados cumpridos em Goiás, Distrito Federal e outros estados brasileiros.
Operação transnacional
Segundo fontes policiais, a acusada percorreu diferentes países europeus antes de ser localizada em Portugal. A extradição é considerada uma vitória da cooperação internacional no enfrentamento ao crime organizado, reforçando a capacidade de rastreamento e captura além das fronteiras nacionais.
Com a chegada a Goiânia, a suspeita foi transferida ao sistema prisional goiano, onde permanece à disposição da Justiça. O inquérito já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário, que decidirá sobre eventual denúncia e abertura de ação penal.
A identidade da investigada não foi revelada pelas autoridades, em razão da lei de abuso de autoridade e para resguardar o andamento processual. Até o momento, não houve manifestação da defesa.
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