O Diretor que trabalhava em uma Organização Social sob investigação pela Polícia Civil de Goiás foi dispensado de seu cargo.
Lucas Nogueira Taveira Adorno, que já foi superintendente da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foi nomeado como diretor de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), mas será substituído em breve. Anteriormente, Adorno atuou como diretor da regulação na organização social (OS) Instituto de Gestão por Resultados (IGPR), que foi investigada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) durante a “Operação Eclesiastes” em setembro de 2022. Dois meses após a operação, Adorno foi exonerado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), e a SES-GO rescindiu o contrato com a OS responsável pelo Complexo Regulador do Estado (CRE), que era gerido pelo IGPR. Adorno foi posteriormente nomeado como superintendente do Complexo Regulador em Saúde, vinculado à SES-GO, mas foi exonerado em novembro juntamente com outros funcionários. O motivo da exoneração foi a insatisfação do governador com a demora para cumprir prazos e fazer pagamentos, o que gerou problemas com as administrações dos hospitais. A troca da OS responsável pelo CRE ocorreu após a operação que investigou o IGPR por suspeita de irregularidades em processos administrativos. Adorno afirma que não tem nenhuma ligação com os fatos investigados e que sua exoneração não teve relação com a operação. Ele lembra que estava no estado quando foi decidido pela troca da organização e participou da deliberação. Adorno também afirma que não é alvo de nenhum processo judicial ou administrativo no governo.
Novo cargo
Três meses depois de ser exonerado pelo estado, o ex-superintendente da SES-GO, Lucas Nogueira Taveira Adorno, foi indicado pelo deputado estadual Júlio Pina (Solidariedade) para a Diretoria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Alego. O parlamentar afirmou que indicou Adorno pelo seu bom currículo, minimizando a sua exoneração no estado, que segundo ele, foi uma demissão em massa. No entanto, após ser questionado pela reportagem, Pina decidiu retirar a indicação de Adorno, após ser informado pelo presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), sobre a situação.