Ex-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde é indiciado por estupro e violência psicológica contra funcionárias, aponta Polícia Civil
Investigação descreve crimes cometidos durante o expediente; defesa nega as acusações, mas evita detalhes por se tratar de processo sob segredo de justiça. Caso está nas mãos do Ministério Público.

A Polícia Civil de Goiás indiciou o ex-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Olávio Teles Fonseca, por uma série de crimes praticados contra funcionárias da entidade, incluindo estupro, importunação sexual, violência psicológica e coação no curso do processo. Segundo a investigação, os delitos teriam ocorrido dentro da própria sede do sindicato, durante o expediente, envolvendo vítimas adolescentes e adultas.
A apuração teve início após denúncia anônima recebida em setembro. Olávio está preso desde 12 de novembro e permanece detido na Casa de Prisão Provisória (CPP).
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Fernanda Simão, o inquérito reuniu elementos suficientes para o indiciamento. Ela detalhou que o ex-presidente responderá por dois estupros contra mulheres adultas, duas importunações sexuais envolvendo adolescentes, duas violências psicológicas e coação. A conclusão da investigação foi enviada ao Ministério Público em 21 de novembro.
A delegada afirma que a manutenção da prisão preventiva se baseia na necessidade de proteção das vítimas e na garantia da regularidade da instrução criminal. Segundo ela, “há indícios consistentes que justificam a continuidade das medidas cautelares”.
Defesa nega as acusações, mas evita comentar detalhes
A advogada de Olávio, Mirelle Gonsalez, afirmou em nota que a defesa “refuta integralmente as narrativas divulgadas”, mas declarou que não fornecerá informações adicionais por se tratar de um processo que tramita em segredo de justiça.
Mirelle sustentou que o cliente possui “bons antecedentes” e que os supostos crimes seriam incompatíveis com o cenário narrado, alegando que “os fatos teriam ocorrido há muito tempo”. A defesa aguarda decisão sobre o pedido de revogação da prisão preventiva e afirma confiar na absolvição.
Segundo a advogada, a família do ex-presidente “sente a ausência dele e entende que a situação prisional não se justifica”.
Instituição permanece em silêncio
A reportagem buscou posicionamento oficial do Sindicato Rural de Rio Verde, mas não obteve resposta até a última atualização. O espaço segue aberto para manifestação.
O caso agora aguarda análise do Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça, solicita novas diligências ou arquiva o procedimento. Enquanto isso, a investigação permanece sob controle judicial e em segredo, devido à natureza sensível dos crimes atribuídos e à proteção das vítimas.
Nota da defesa;
O escritório Mirelle Gonsalez Sociedade de Advogados informa que assumiu, na Segunda-feira (1º/12/2025), a defesa de Olávio Teles Fonseca. A Defesa refuta integralmente as narrativas divulgadas, entretanto, por se tratar de procedimento que tramita sob segredo de justiça, não serão prestados maiores detalhes acerca do conteúdo dos autos. Esclarece-se, também, que os requisitos da prisão preventiva não se fazem presentes e demonstraremos isto para as autoridade competentes. Requer-se, desde já, se abstenham de veicular o nome e imagem do investigado, em observância ao disposto no art. 13 da Lei n.º 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade). A Defesa permanece à disposição para esclarecimentos.
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