Estudante de Medicina é Presa por Envolvimento em Furto de R$ 138 Mil de Clientes de Banco em Goiás
Polícia Civil desmantela quadrilha que utilizava dispositivo “chupa-cabra” para furtar dinheiro de contas bancárias em Vianópolis; outro suspeito também foi preso.
Uma estudante de medicina, de 25 anos, foi presa nesta terça-feira (24) sob suspeita de integrar uma quadrilha que furtou mais de R$ 138 mil de clientes de um banco em Vianópolis, na região central de Goiás. O grupo criminoso utilizava um dispositivo conhecido como “chupa-cabra” para clonar dados e retirar valores das contas bancárias. O crime foi desvendado após investigações conduzidas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), que identificou a estudante e mais três suspeitos.
Francisco Alison Vieira de Andrade, de 33 anos, foi outro integrante do grupo preso, sendo apontado pela polícia como responsável por instalar o dispositivo nos caixas eletrônicos. De acordo com o delegado Paulo Roberto de Souza, responsável pelo caso, a quadrilha tinha um modus operandi sofisticado, explorando vulnerabilidades nos caixas eletrônicos para capturar informações de cartões e realizar saques indevidos.
Operação e Prisão
A investigação teve início após uma série de denúncias de clientes do banco que relataram saques não autorizados em suas contas. A Polícia Civil conseguiu identificar os suspeitos através de imagens de câmeras de segurança instaladas nas agências e do rastreamento dos locais onde ocorreram os saques.
A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil em diferentes regiões do estado, culminando na captura da estudante de medicina, que, segundo o delegado, possuía conhecimento técnico suficiente para ajudar na execução do esquema criminoso. “A participação dela vai além do auxílio logístico. Ela sabia como operar parte dos dispositivos, o que torna sua atuação mais grave”, declarou Paulo Roberto de Souza.
Francisco Alison, preso em flagrante, já era conhecido por envolvimento em crimes de fraude bancária. Além dele e da estudante, outros dois suspeitos estão sendo investigados por participação no esquema.
O Dispositivo “Chupa-cabra”
O dispositivo “chupa-cabra”, usado pela quadrilha, é uma tecnologia fraudulenta aplicada aos caixas eletrônicos para capturar dados dos cartões das vítimas. O aparelho é instalado na entrada onde o cartão é inserido, copiando informações como números e senhas. Em alguns casos, os criminosos também instalam câmeras para gravar a digitação das senhas.
Com os dados em mãos, a quadrilha conseguia acessar as contas e realizar transferências e saques indevidos, subtraindo grandes quantidades de dinheiro em um curto período. “Esse tipo de crime, infelizmente, vem se tornando mais comum, especialmente em cidades menores, onde as medidas de segurança bancária podem ser menos robustas”, explicou o delegado.
Investigações em Curso
As autoridades continuam as investigações para identificar outros membros da quadrilha e rastrear o destino dos valores furtados. De acordo com a Polícia Civil, a atuação do grupo não se restringia apenas à cidade de Vianópolis, com indícios de que o esquema criminoso pode ter operado em outras cidades da região central de Goiás.
A estudante de medicina, cuja identidade não foi divulgada, pode responder pelos crimes de furto qualificado e formação de quadrilha, com penas que podem ultrapassar 10 anos de reclusão, dependendo da extensão do seu envolvimento nos crimes. Francisco Alison também será indiciado pelos mesmos crimes.
Impacto na Segurança Bancária
Este caso ressalta a crescente preocupação com a segurança bancária no Brasil. Especialistas recomendam que os clientes de bancos fiquem atentos a sinais de alteração nos caixas eletrônicos, como dispositivos estranhos ou câmeras instaladas nas máquinas. As instituições financeiras, por sua vez, têm investido em tecnologias de segurança, como biometria e cartões com chip, para evitar esse tipo de fraude.
Ações Preventivas
A Polícia Civil orienta que os usuários de serviços bancários tomem medidas preventivas, como utilizar aplicativos oficiais dos bancos para monitorar suas contas e evitar sacar dinheiro em locais que apresentem sinais de adulteração nos caixas eletrônicos. Além disso, é fundamental relatar qualquer irregularidade às autoridades o mais rápido possível.