19 de setembro de 2024
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Equatorial Goiás: Distribuidora de Energia Elétrica Registra Pior Desempenho em Ranking Nacional

Agência Nacional de Energia Elétrica aponta que a empresa está na última posição no ranking de 2023, com dados alarmantes sobre a qualidade do serviço prestado.

A Equatorial Goiás foi classificada como a pior distribuidora de energia elétrica de grande porte do Brasil, de acordo com o ranking divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) referente ao desempenho do serviço prestado em 2023. A empresa ocupou a última posição entre 29 companhias avaliadas, apresentando números alarmantes sobre a qualidade do fornecimento de energia no estado.

Segundo os dados da Aneel, os consumidores goianos enfrentaram, em média, 21,96 horas sem fornecimento de energia ao longo do ano passado, um indicador conhecido como duração equivalente de interrupção por unidade consumidora (DEC). Esse número ficou significativamente acima do limite estabelecido pelo órgão regulador, que era de 11,45 horas. Apesar de uma leve queda em relação a 2022, quando o estado registrou uma média de 22,55 horas sem energia, a situação ainda é preocupante.

No que diz respeito à frequência de quedas no fornecimento (FEC), a Aneel apontou uma média de 10,94 interrupções no ano passado, superando o teto estabelecido pela agência, que era de 7,79. Em 2022, essa média foi de 10,35. A classificação feita pela Aneel é baseada no Desempenho Global de Continuidade (DGC), que considera os indicadores DEC e FEC. O DGC de Goiás foi de 1,66, enquanto a primeira colocada do ranking, CPFL Santa Cruz, de São Paulo, obteve um índice de 0,56.

É importante ressaltar que esse é o primeiro resultado que aponta o desempenho do Grupo Equatorial Energia em Goiás. A empresa adquiriu a Celg-D da italiana Enel no final de 2022 e, desde então, vem enfrentando desafios significativos na melhoria da qualidade do serviço prestado.

Durante o período de transição do controle societário, a Equatorial Goiás obteve um ano de fiscalização orientativa, sem risco de multas, e três anos sem risco de perder a concessão. No entanto, os números da Aneel revelam que a distribuição de energia no estado continua enfrentando dificuldades, com descumprimento dos limites estabelecidos pela agência em todos os anos entre 2018 e 2023.

Em resposta aos resultados, a Equatorial destacou que, desde o início de sua operação em Goiás, anunciou um plano de reconstrução do sistema elétrico do estado, com investimentos direcionados à melhoria da distribuição de energia e ao atendimento à demanda reprimida. A empresa mencionou que encontrou uma rede defasada e sobrecarregada, agravada pela maior onda de calor dos últimos 120 anos.

Apesar dos desafios enfrentados, a Equatorial ressaltou que investiu R$ 1,8 bilhão entre janeiro e setembro do ano passado, com a entrega de novas subestações e a modernização de unidades. Além disso, estão previstas novas obras, como a construção de subestações e a reforma de unidades existentes.A situação da Equatorial Goiás reflete um cenário mais amplo no setor de distribuição de energia no Brasil. Embora a qualidade do serviço tenha melhorado em relação a 2022, ainda há muito a ser feito para garantir um fornecimento confiável e eficiente em todo o país.