Empresário executado em frente à pastelaria em Goiânia havia comprado carro blindado meses antes do crime, aponta Polícia Civil
Investigadores apuram se Fabrício Brasil Lourenço vinha recebendo ameaças; câmeras registraram execução com características de crime premeditado e de alta precisão
A Polícia Civil de Goiás trabalha com a hipótese de que o empresário Fabrício Brasil Lourenço, de 49 anos, assassinado a tiros em frente à própria pastelaria, vinha sendo ameaçado antes de ser executado. De acordo com as investigações, ele havia comprado um carro blindado e mudado de endereço poucos meses antes do crime, medidas que indicam preocupação com a própria segurança.
O homicídio ocorreu na noite do último sábado (4), na Avenida X, no Bairro Feliz, em Goiânia. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela corporação mostram o momento em que dois homens de capacete se aproximam da vítima enquanto ela se dirige à lixeira, do lado de fora do estabelecimento. Em seguida, os criminosos disparam diversas vezes contra o empresário e fogem em uma motocicleta.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Teles, informou que a dinâmica do ataque sugere um crime meticulosamente planejado, executado por pessoas com conhecimento técnico no uso de armas de fogo.
“Trata-se de um crime premeditado, com características de execução profissional. Os autores sabiam exatamente o horário em que o empresário encerrava o expediente e o momento em que ele sairia para fora do estabelecimento. Isso indica vigilância prévia e domínio de técnica de ataque”, afirmou o delegado.
Segundo Teles, Fabrício não tinha antecedentes criminais nem histórico de conflitos pessoais ou comerciais. O perfil da vítima e as circunstâncias da execução reforçam a linha de investigação de que ele poderia estar sendo alvo de ameaças recentes, motivo pelo qual teria adotado medidas de proteção, como a compra do veículo blindado.
“Ele era um empresário conhecido na região, sem envolvimento com qualquer atividade ilícita. Nosso trabalho agora é identificar o que poderia motivar tamanha violência e se houve, de fato, alguma intimidação prévia”, completou o delegado.
O Instituto Médico Legal (IML) realizou a perícia no local, e a Polícia Técnico-Científica recolheu projéteis e cápsulas deflagradas para análise balística. A Polícia Civil também apura se outros estabelecimentos da área possuem câmeras que possam ter registrado o trajeto de fuga dos atiradores.
Até o momento, ninguém foi preso, e os autores permanecem foragidos. O caso está sob investigação da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), que trabalha com diferentes frentes de apuração, incluindo a possibilidade de crime por encomenda.
Tags: #Crime #Investigação #Goiânia #PolíciaCivil #Execução #SegurançaPública

