Duelo de Opostos: Vila Nova e Atlético-GO Medem Forças no Clássico Goiano Sob Holofotes no Ataque
Enquanto Tigre Busca Quebrar Jejum de Gols e Derrotas na Série B, Dragão Celebra Retomada Ofensiva de Seus Centroavantes e Invicibilidade Recente.

O Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA) será palco de um clássico goiano de contrastes neste sábado (28), às 16 horas. Pela 14ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, Vila Nova e Atlético-GO se enfrentam em momentos diametralmente opostos na temporada, com os holofotes voltados para o desempenho de seus setores ofensivos. O Tigre busca desesperadamente reencontrar o caminho das redes e pôr fim a uma sequência de seis derrotas consecutivas, enquanto o Dragão, em ascensão, celebra sua invencibilidade de três partidas e a volta dos gols de seus centroavantes.
Este será o segundo clássico estadual de ambos os times nesta edição da Série B. Anteriormente, tanto o Vila Nova quanto o Atlético-GO enfrentaram o Goiás. O Tigre empatou em 2 a 2 na Serrinha, enquanto o Dragão foi superado por 2 a 1 no Antônio Accioly.
Cenários Invertidos: Do Campeonato Goiano à Série B
O último encontro entre os rivais, pela 4ª rodada do Campeonato Goiano, terminou com vitória do Vila Nova por 3 a 1 no Antônio Accioly. Naquela ocasião, Igor Henrique, Emerson Urso e Gabriel Poveda balançaram as redes para o Tigre, com Caio Dantas diminuindo para o Atlético-GO. Após aquele confronto, o Vila Nova engrenou uma campanha vitoriosa rumo ao título estadual, enquanto o Dragão enfrentava um período de turbulência.
No entanto, a Série B inverteu as polaridades. O Vila Nova vive uma fase crítica, acumulando seis derrotas consecutivas (uma pela Copa do Brasil e cinco pela Série B) e um desempenho ofensivo pífio, com apenas um gol marcado nesse período. Com isso, o Tigre ostenta o terceiro pior ataque da Segundona, superando apenas Volta Redonda (6 gols) e Paysandu (7 gols).
Para o ex-jogador Tim, ídolo do Vila Nova e campeão goiano em 2005, a percepção externa é de uma desconexão entre o atual treinador Luizinho Lopes e o elenco. “O ataque realmente deixou de funcionar, mas não só o ataque, o sistema defensivo também. O ponto forte do Vila Nova durante a temporada era seu sistema defensivo, que tomava poucos gols. O Vila vive um momento de instabilidade, muitos jogadores deixaram de render. Vejo que a troca de treinador também não surtiu efeito. Pelo contrário, fez com que o Vila perdesse ainda mais força. O problema é um todo, mas a falta de gols chama a atenção porque o time não está vencendo”, avaliou o ex-meia, apontando uma crise generalizada.
A Ascensão do Dragão e a Confiança Restaurada
Em contraste, o Atlético-GO parece ter encontrado o rumo sob o comando do técnico Fábio Matias. O Dragão acumula três partidas de invencibilidade e, notavelmente, não sofreu gols nesse período, evidenciando uma melhora defensiva consistente. A evolução também se reflete no setor ofensivo, com a retomada dos gols pelos atacantes de ofício. Na última vitória por 2 a 0 sobre o Volta Redonda, os gols foram marcados pelos centroavantes Caio Dantas e Sandro Lima, um alívio para a equipe.
O ex-jogador Lindomar, atleta histórico do Atlético-GO, pontua que a melhora do ataque passa por “ter mais tranquilidade na hora que a bola chegar para os atacantes, e o time conseguir criar, se não não tem como os atacantes marcarem. Na hora que a bola chegar, é ter a calma, a frieza de colocar para dentro. Passa muito por isso”.
Para o ex-jogador Elias, que vestiu ambas as camisas, a diferença reside na confiança. “Acredito que a situação do Vila Nova seja falta de confiança, pela situação dos resultados ruins dos últimos jogos. Precisa melhorar essa confiança para fazer os gols, e isso é aprimorado nos treinamentos”, analisou. Sobre o Dragão, Elias observa: “No Atlético-GO, acredito que os atacantes estavam incomodados sem fazer os gols, só zagueiros e volantes fazendo gols. A responsabilidade maior dos times está nos atacantes. Eles voltaram a fazer gol e isso é muito bom para a equipe”.
Os Artilheiros em Campo e o Histórico do Confronto
No ataque titular do Atlético-GO, todos os três prováveis titulares já balançaram as redes nesta Série B: Marcelinho (2 gols, contra Amazonas e Novorizontino), Federico Martínez (1 gol, contra Botafogo-SP) e Caio Dantas (1 gol, contra Volta Redonda).
Pelo lado do Vila Nova, os recém-contratados André Luís e Guilherme Parede ainda buscam seu primeiro gol na competição. A esperança ofensiva recai sobre Gabriel Poveda, que já soma três gols na Segundona (contra Paysandu, Botafogo-SP e Athletico-PR).
O histórico geral do confronto entre Vila Nova e Atlético-GO pende ligeiramente para o Tigre, com 106 vitórias, contra 98 do Dragão e 97 empates. O Atlético-GO diminuiu essa vantagem em um período dominante entre 2007 e 2014, com 15 vitórias, sete empates e apenas duas derrotas. Contudo, na última década (a partir de 2015), o Vila Nova tem levado a melhor, somando cinco vitórias, três empates e três triunfos rubro-negros.
Com tudo isso em jogo, o clássico no OBA promete ser um teste de fogo para os ataques e um divisor de águas na campanha de ambos os times na Série B.
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