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22 de abril de 2025
NotíciasSaúdeÚltimas

Doença de Parkinson atinge 200 mil brasileiros e desafia ciência com novos tratamentos e conscientização

Segunda condição neurodegenerativa mais comum do mundo, o Parkinson impacta especialmente a população acima dos 60 anos. Avanços terapêuticos e o diagnóstico precoce ganham destaque no Dia Mundial de Conscientização, celebrado em 11 de abril.
O neurologista Iron Dangoni Filho explica que nem todo paciente que treme tem doença de Parkinson. Arquivo pessoal

A Doença de Parkinson, segunda condição neurodegenerativa mais prevalente no mundo depois do Alzheimer, afeta cerca de 200 mil pessoas no Brasil — e esse número tende a crescer diante do envelhecimento acelerado da população. Dados internacionais estimam que a enfermidade atinja 1% dos indivíduos acima dos 60 anos, chegando a 4% na faixa etária superior aos 80. Globalmente, o Parkinson representa não apenas um desafio médico, mas também social e econômico.

No dia 11 de abril, data em que se celebra o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Parkinson, especialistas e entidades de saúde reforçam a importância do diagnóstico precoce, da desmistificação dos sintomas e da valorização da pesquisa e dos cuidados contínuos com os pacientes.

“O tremor é o sintoma mais lembrado, mas nem todo tremor é Parkinson”, alerta o neurologista Dr. Iron Dangoni Filho, que atua no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia. “Existe o tremor essencial, que pode acometer pessoas jovens, além de outros distúrbios como parkinsonismos secundários a medicamentos, estresse ou neuropatias.”

Sinais além do tremor

Segundo o especialista, o Parkinson é caracterizado por um conjunto de sintomas motores e não motores que vão se agravando com o tempo. Os mais comuns incluem:

  • Tremor de repouso (inicialmente em uma mão);
  • Rigidez muscular, que gera dor e limitações;
  • Bradicinesia, a lentidão dos movimentos;
  • Instabilidade postural, com risco aumentado de quedas.

Além disso, sintomas como distúrbios do sono, constipação, perda de olfato e até depressão podem anteceder o diagnóstico em muitos casos, tornando a detecção precoce ainda mais desafiadora.

Parkinson precoce e fatores genéticos

Embora a idade média de início da doença seja entre os 50 e 60 anos, 25% dos casos ocorrem antes dos 65. Quando o Parkinson se manifesta antes dos 50 — ou raramente, antes dos 40 — é classificado como Parkinson de início precoce, e pode ter origem genética.

“Mutações em genes como PARK2, PINK1 e DJ-1 estão frequentemente associadas a essa forma mais rara da doença”, explica Dr. Iron. “Por isso, casos em famílias com histórico neurológico devem ser acompanhados com maior atenção.”

Prevenção e estilo de vida: o que a ciência diz

Apesar de não haver prevenção garantida, estudos sugerem que hábitos saudáveis podem reduzir o risco ou atrasar o desenvolvimento da doença. Entre os fatores protetores estão:

  • Prática regular de exercícios físicos;
  • Dieta equilibrada, rica em antioxidantes;
  • Ingestão moderada de café e chá verde;
  • Evitar exposição a agrotóxicos, metais pesados e solventes industriais;
  • Sono de qualidade e estimulação cognitiva constante.

Novos horizontes no tratamento

O tratamento da Doença de Parkinson evoluiu nas últimas décadas. As abordagens vão desde medicamentos que aumentam a disponibilidade de dopamina no cérebro até terapias cirúrgicas e tecnologias de ponta.

Entre elas, destacam-se:

  • DBS (Deep Brain Stimulation): estimulação cerebral profunda, por meio de eletrodos implantados em áreas específicas do cérebro, melhorando o controle motor em casos refratários.
  • HIFU (High-Intensity Focused Ultrasound): técnica não invasiva, baseada em ondas de ultrassom de alta intensidade que lesionam áreas cerebrais específicas, reduzindo sintomas como tremores.

Ambas as técnicas já estão disponíveis no Brasil, ainda que com acesso restrito a centros especializados e pacientes com indicação precisa.


Com o aumento da expectativa de vida, o número de casos de Parkinson tende a crescer substancialmente. A data de 11 de abril, instituída em homenagem ao nascimento do Dr. James Parkinson, autor do primeiro estudo descritivo da doença, é mais que um marco no calendário: é um convite à sociedade para olhar com mais empatia e conhecimento para quem vive com a condição.

Investimentos em pesquisa, diagnóstico precoce, tratamento multidisciplinar e políticas públicas inclusivas são urgentes para garantir dignidade e qualidade de vida a milhares de brasileiros que enfrentam os desafios silenciosos do Parkinson todos os dias.

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