21 de novembro de 2024
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Do carro à bicicleta: Como o Dia Mundial Sem Carro inspira uma nova geração de ciclistas urbanos em Goiânia

De 22 a 49 anos, profissionais de diferentes áreas trocam o volante pelos pedais, ganhando em saúde, economia e tempo nas ruas de Goiânia
Conheça história de goianienses adeptos da bicicleta, que fogem dos congestionamentos e ainda ganham qualidade de vida. Foto: Arquivo pessoal

Neste Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de outubro, histórias de moradores de Goiânia que decidiram trocar o carro pela bicicleta reforçam a importância de uma mobilidade mais sustentável e democrática. O assistente de marketing Pedro Henrique Nascimento Oliveira, 22 anos, a coordenadora operacional Talita de Lima Borges, 30 anos, e o servente de pedreiro Roberto Alves Vaz, 49 anos, são exemplos claros de que a bicicleta não tem idade e traz inúmeros benefícios, tanto físicos quanto mentais.

Esses três profissionais mostram que o uso da bike é uma escolha que vai além da preocupação ambiental. Para eles, a troca do carro pela bicicleta foi impulsionada pela busca por mais qualidade de vida, economia e, principalmente, redução no tempo gasto no trânsito. Cada um deles encontrou nos pedais uma forma mais rápida e eficiente de se deslocar para o trabalho, escapando das horas perdidas em congestionamentos que afetam muitos moradores de grandes centros urbanos.

A bicicleta como solução: menos tempo, mais economia

Segundo a Pesquisa Mobilidade Urbana 2022, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em parceria com o Sebrae, 32% dos brasileiros levam de 1 a 2 horas para se deslocar diariamente ao trabalho, à escola ou a outros compromissos. Em Goiânia, essa realidade não é diferente. No entanto, Pedro, Talita e Roberto são exemplos de que é possível economizar tempo e dinheiro com a escolha da bicicleta.

Roberto Alves Vaz: O pedal diário que transforma a saúde

Roberto Alves Vaz, 49 anos, trabalha como servente de pedreiro na obra do residencial Arte Square, da GPL Incorporadora, no Jardim Goiás, e mora no Parque Amazonas. Todos os dias, ele pedala um total de 17 quilômetros (ida e volta) até o trabalho. Para Roberto, essa mudança de hábito trouxe benefícios que vão além da economia financeira.

“Já me acostumei com o exercício diário. Pedalar é tranquilo, chego bem mais rápido e ainda economizo com combustível. Além disso, percebo uma melhora significativa na minha saúde, especialmente na respiração e no bem-estar físico”, relata Roberto, que conta com o apoio da empresa para adotar o ciclismo. A GPL instalou bicicletários e oferece vestiários com chuveiro para os colaboradores que optam por esse meio de transporte, o que facilita a rotina de quem pedala para o trabalho.

Talita de Lima Borges: Vendo a cidade com outros olhos

A coordenadora operacional Talita de Lima Borges, 30 anos, também decidiu trocar o carro de aplicativo pela bicicleta. Moradora do Jardim Goiás e trabalhando no Órion Complex, no Setor Marista, Talita percorria cerca de 7 km até o trabalho, mas perdia muito tempo no trânsito durante os horários de pico.

“Eu gastava muito com transporte por aplicativo, e o trânsito era sempre um desafio, mesmo para uma distância relativamente curta. Quando comecei a vir de bicicleta, percebi que, além de economizar, estava ganhando mais qualidade de vida. Venho pedalando, vendo a paisagem, sentindo a brisa e isso torna o meu dia mais leve”, conta Talita.

O Órion Complex, onde Talita trabalha, oferece uma infraestrutura completa para ciclistas, com bicicletário seguro, monitoramento por câmeras e acesso controlado por biometria, além de vestiário com chuveiros, o que facilita a adaptação dos funcionários que optam por usar a bicicleta.

Pedro Henrique Nascimento Oliveira: Mudança de estilo de vida

Pedro Henrique Nascimento Oliveira, 22 anos, assistente de marketing no Grupo Mauá, também decidiu adotar a bicicleta como meio de transporte. Antes, ele morava em Trindade e se deslocava diariamente de carro para o Jardim Goiás, um trajeto que podia levar mais de uma hora. Após se mudar para Goiânia, ele decidiu que era hora de trocar o carro pela bike.

“A mudança veio pela necessidade de economizar e também de cuidar da minha saúde. Eu estava muito sedentário após a pandemia, e meu médico recomendou atividade física. Unir a bike com o deslocamento diário foi a solução perfeita. Agora, levo metade do tempo que gastaria de carro e me sinto muito mais disposto para o trabalho”, afirma Pedro.

O Grupo Mauá também incentiva o uso da bicicleta, oferecendo bicicletário e vestiários no prédio do escritório, o que ajuda na adaptação dos funcionários que optam pelo transporte alternativo.

Ciclismo: uma opção viável e benéfica para todos

O exemplo desses três moradores de Goiânia ilustra que a bicicleta é uma solução acessível e viável para pessoas de todas as idades e perfis profissionais. Além de contribuir para a redução do tráfego e das emissões de carbono, o ciclismo diário traz benefícios claros à saúde física e mental. Desde a economia de tempo até a melhoria do bem-estar, esses ciclistas mostram que pequenas mudanças podem gerar grandes impactos na qualidade de vida.

Neste Dia Mundial Sem Carro, as histórias de Pedro, Talita e Roberto reforçam a importância de promovermos cidades mais sustentáveis e preparadas para alternativas de mobilidade. Com a instalação de bicicletários, vestiários e estruturas adequadas para ciclistas, empresas em Goiânia já estão dando passos importantes para apoiar esse movimento crescente.

Afinal, para andar de bike, não há idade – só benefícios.


Fonte de apoio: Pesquisa Mobilidade Urbana 2022 (CNDL/SPC/Sebrae)