No Dia Mundial do Rádio, é importante ressaltar que esse meio de comunicação ainda é muito presente na vida dos brasileiros, sendo ouvido por cerca de 83% da população do país.
As primeiras palavras transmitidas pela rádio das Nações Unidas em 13 de fevereiro de 1946 foram: “Estas são as Nações Unidas chamando as pessoas de todo o planeta”. Embora apenas seis países tenham sido alcançados pela transmissão, a data tornou-se o Dia Mundial do Rádio e é comemorada para destacar a importância do rádio como meio de comunicação mais consumido do mundo e sua capacidade de contribuir para a construção da democracia. Desde a sua criação em 2011, temas como igualdade de gênero, juventude, esporte, diversidade e confiança foram abordados nas comemorações, que envolvem centenas de estações de rádio em todo o mundo. A Unesco oferece uma lista com 13 ideias para as emissoras de rádio celebrarem a data em suas programações.
A proposta deste ano é discutir o papel do rádio na promoção da paz. Em situações de calamidade, pandemias e conflitos armados, o rádio pode ser o único meio de comunicação disponível para trazer informações vitais e garantir a segurança da população. Mesmo em locais sem energia elétrica, o rádio pode ser acessado por meio de pilhas. Em áreas de conflito, as Nações Unidas montam estações de rádio por meio de suas Missões de Paz, a fim de fornecer informações seguras e confiáveis e promover a estabilidade e a paz. Exemplos incluem o Haiti (rádio Minustah FM), Timor-Leste (Rádio Unmit), Costa do Marfim (rádio Onuci FM), Sudão do Sul (rádio Miraya) e Libéria (Rádio Unmil), onde a rádio da missão atingiu 80% da população.
O rádio não é apenas crucial em locais afetados pela guerra ou desastres naturais. Em muitas áreas da África subsaariana, onde um quarto da população não tem acesso à internet, o rádio é a única fonte de informação disponível. No Afeganistão, as meninas e mulheres só conseguem estudar com a ajuda do rádio após a retomada do poder pelo Talibã, que fornece conteúdo educacional transmitido por ondas curtas de outros países. Durante o pior momento da pandemia no Brasil, crianças em regiões remotas do país tiveram acesso a aulas por rádio para continuar seus estudos.