Desaparecimento em Anápolis: vidraceiro some e tem carro encontrado incendiado em área isolada da cidade
Cleiton Andrade, de 43 anos, foi visto pela última vez no sábado, 12, em sua residência no bairro Campos Elísios. Seu veículo foi localizado queimado nas proximidades do Jardim Ipanema, próximo a um centro de distribuição. Polícia Civil investiga o caso sob sigilo.

O desaparecimento do vidraceiro Cleiton Andrade de Sousa, de 43 anos, mobiliza familiares e autoridades desde o último fim de semana. Morador do bairro Campos Elísios, em Anápolis, ele foi visto pela última vez no início da tarde de sábado, 12 de julho, em sua própria residência, localizada na rua José Bonifácio. Desde então, nenhuma nova informação concreta surgiu — exceto por um fato que elevou ainda mais a tensão e a gravidade do caso: o carro de Cleiton foi encontrado queimado, dias depois, em uma área isolada da cidade, nas imediações do bairro Jardim Ipanema, próximo ao centro de distribuição da Coca-Cola.
A confirmação da identidade do veículo incendiado foi feita pela família após o registro do desaparecimento. O caso foi protocolado junto à 6ª Delegacia da Polícia Civil de Anápolis, que agora conduz a investigação sob sigilo.
Um cotidiano interrompido
Divorciado e pai de uma filha, Cleiton morava sozinho e trabalhava como vidraceiro. Segundo sua irmã — que preferiu não se identificar —, ele não demonstrava sinais de conflito recente, ameaças ou envolvimento em situações de risco iminente. “Estamos completamente no escuro. O que sabemos até agora foi por meio das redes sociais ou informações repassadas por conhecidos”, afirmou a irmã, revelando o estado de angústia e desinformação em que a família se encontra.
A família reforça que não havia sinais prévios de desaparecimento voluntário, tampouco mudanças no comportamento habitual de Cleiton. Desde a notícia do sumiço, familiares e amigos organizam buscas informais, espalham cartazes e utilizam redes sociais para tentar obter qualquer pista que leve ao paradeiro do vidraceiro.
Veículo carbonizado levanta suspeitas
O ponto mais intrigante do desaparecimento é o encontro do veículo de Cleiton, completamente carbonizado, em um local de difícil acesso, próximo a terrenos baldios no Jardim Ipanema. A localização do carro sugere que ele pode ter sido intencionalmente levado ao local e incendiado, possivelmente com o objetivo de eliminar vestígios forenses. A Polícia Científica foi acionada para realizar perícia técnica no automóvel, mas até o momento nenhum laudo oficial foi divulgado.
A reportagem consultou fontes ligadas à segurança pública, que confirmaram que não há registro de latrocínio ou confronto na região naquela data, o que reforça a hipótese de desaparecimento com envolvimento de terceiros. A Polícia Civil não descartou nenhuma linha investigativa, mas, por ora, trata o caso como um desaparecimento com indícios de crime.
Apelo por informações
Diante do silêncio das investigações e da ausência de pistas consistentes, os familiares de Cleiton pedem o apoio da população. Qualquer informação sobre o paradeiro do vidraceiro ou que possa contribuir com as investigações deve ser encaminhada aos seguintes canais:
- Disque-Denúncia da Polícia Civil: 197
- Polícia Militar: 190
- Contato direto da família: (62) 9 9574-0491
O sigilo do denunciante é garantido.
Um histórico preocupante
O caso de Cleiton se insere em um cenário mais amplo de desaparecimentos em Goiás, que têm registrado crescimento nos últimos anos, especialmente em cidades de médio porte como Anápolis. Dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) apontam que, entre janeiro e junho de 2025, mais de 400 desaparecimentos foram notificados no estado, sendo que cerca de 80 seguem sem solução até o momento.
Especialistas em segurança pública apontam que a celeridade nas primeiras 48 horas é crucial para a elucidação de casos do tipo. O temor da família, agora, é que o tempo decorrido comprometa a obtenção de provas, especialmente com a destruição do carro — possível elemento-chave para a investigação.
Fontes consultadas:
– Polícia Civil de Goiás (PCGO)
Tags: #Anápolis #Desaparecimento #CleitonAndrade #InvestigaçãoPolicial #SegurançaPública #PolíciaCivil #CrimeMisterioso #Goiás

