Desaparecimento de técnico em Aparecida de Goiânia levanta suspeitas sobre envolvimento com apostas online
Geraldo Nogueira Cavalcante, de 31 anos, está desaparecido desde 11 de abril; mensagens enviadas à irmã antes do sumiço indicam possível relação com dívidas e problemas emocionais.

Um silêncio inexplicável cerca o desaparecimento de Geraldo Nogueira Cavalcante, de 31 anos, técnico em refrigeração, visto pela última vez no dia 11 de abril, em Aparecida de Goiânia. Desde então, a família vive entre buscas, incertezas e angústias.
A última comunicação feita por Geraldo foi uma mensagem curta, enviada por aplicativo à irmã, Débora Thaís Nogueira, às 14h50 daquele dia: um pedido de R$ 20 emprestado, seguido de um desabafo sutil, porém carregado de peso emocional. “Tudo tão difícil. A gente acaba se chateando, mas tudo dentro do normal.”
Pouco antes, ele havia dito que passaria em uma oficina onde seu carro estava em conserto. O veículo permanece no local — Geraldo, não. Ele também não retornou ao trabalho, onde colegas confirmaram que ele deixou o posto pouco antes da mensagem enviada à irmã.
As peças soltas de um quebra-cabeça inquietante
Segundo Débora, a família acredita que o desaparecimento pode estar relacionado ao histórico recente de dificuldades financeiras e envolvimento com apostas online, como o popular “Jogo do Tigrinho” — um aplicativo conhecido por aliciar usuários com promessas de lucro fácil e que já levou muitas pessoas ao endividamento severo.
“Ele vinha triste, mais introspectivo, com dificuldades para se abrir. Sabíamos das dívidas, mas não imaginávamos que isso pudesse levá-lo a sumir assim”, relatou a irmã em entrevista ao Jornal Opção.
Ainda de acordo com familiares, Geraldo havia acumulado débitos ao tentar recuperar valores perdidos no jogo. Nos últimos meses, apresentou sinais de tristeza profunda e crises de ansiedade, mas nunca havia deixado de dar notícias.
Investigação segue em sigilo
A Polícia Civil investiga o caso como desaparecimento e já ouviu amigos e parentes próximos. Câmeras da região onde Geraldo teria passado no dia do sumiço estão sendo analisadas, mas até o momento, nenhum avanço concreto foi divulgado.
A delegada responsável, que atua na Delegacia de Aparecida de Goiânia, informou que a linha de investigação não descarta a hipótese de envolvimento com dívidas, mas também considera possibilidades como sequestro ou autoexílio voluntário.
“É um caso delicado, porque envolve um possível abalo psicológico, questões pessoais e, talvez, riscos externos. Não vamos descartar nenhuma hipótese até que tudo seja esclarecido”, declarou a autoridade policial sob condição de reserva.
Apelo por pistas e mobilização online
A família tem mobilizado redes sociais com imagens, contatos e campanhas por qualquer informação. Amigos próximos organizam grupos para vasculhar regiões por onde Geraldo costumava circular.
Informações sobre seu paradeiro podem ser encaminhadas anonimamente à Polícia Civil pelo número 197 ou pelo Disque-Denúncia da SSP-GO.
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