Deputada Silvye Alves denuncia crime de importunação sexual e cobra resposta institucional da Câmara
Parlamentar goiana afirma ter recebido e-mails com conteúdo sexual explícito no endereço oficial da Câmara dos Deputados. Polícia Legislativa investiga o caso, que expõe vulnerabilidades na proteção das mulheres no ambiente político.
A deputada federal Silvye Alves (União Brasil – GO) denunciou ter sido alvo de importunação sexual por meio de seu e-mail institucional na Câmara dos Deputados. Em vídeo publicado em suas redes sociais, a parlamentar relatou o recebimento sistemático de imagens de teor sexual explícito, enviadas por um homem não identificado até o momento. O caso foi formalizado junto à Polícia Legislativa, que assumiu a investigação.
“Um homem covarde e sem escrúpulos envia e-mails com imagens obscenas, numa conduta criminosa e perturbadora”, afirmou Silvye. Segundo a deputada, as mensagens têm sido recebidas há semanas, e não apenas ela, mas suas assessoras legislativas, responsáveis por acessar a caixa de entrada, também foram expostas ao conteúdo ofensivo. “É revoltante. Essas imagens não atingem apenas a mim, mas mulheres que trabalham comigo e que merecem respeito e segurança no exercício de suas funções”, pontuou.
A parlamentar, que já atuou como jornalista investigativa e tem pautado seu mandato por ações voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher, registrou boletim de ocorrência e cobrou celeridade na apuração. Ela ainda reiterou que situações como essa ilustram o grau de vulnerabilidade das mulheres no ambiente institucional, mesmo nos espaços que deveriam ser os mais protegidos do país.
Fontes internas da Câmara confirmaram à reportagem que o caso está em curso sob responsabilidade da Diretoria de Polícia Legislativa (Depol), que concentra a apuração de delitos ocorridos dentro da estrutura do Legislativo federal. A identidade do remetente ainda não foi divulgada, tampouco foi informado se há rastreamento do IP ou outras medidas investigativas já adotadas.
Procurada, a assessoria da Câmara dos Deputados não se manifestou oficialmente até o momento desta publicação. A Diretoria-Geral da Casa também foi acionada, sem retorno. O espaço permanece aberto para manifestação das autoridades responsáveis.
Silvye Alves destacou que pretende levar o caso ao plenário da Câmara, tanto para pedir celeridade nas investigações quanto para propor mecanismos mais eficazes de proteção às parlamentares e equipes de gabinete contra crimes digitais e de cunho sexual. “Esse tipo de violência não pode mais ser banalizado, especialmente dentro das instituições da democracia”, disse.
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