Delúbio Soares: Participação no Lançamento de Movimento Petista em Goiânia e Rumores de Futura Candidatura

O lançamento do movimento “Somar Por Goiânia”, que gira em torno da pré-candidatura da deputada federal Adriana Accorsi à Prefeitura da capital, teve a presença discreta e escanteada de Delúbio Soares, ex-tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). O evento, realizado no sábado (3) em um hotel da capital, viu Delúbio chegar sozinho antes do início, sendo observado por poucos filiados enquanto conversava ao lado de uma mesa distribuindo pequenos livros intitulados “Delúbio Soares, o réu sem crime”.

A participação de Delúbio, marcada pela divisão de opiniões entre os petistas, não recebeu destaque no evento, revelando cizânia principalmente entre aqueles que ocupam cargos nas direções estadual e municipal do partido. Nos bastidores, há especulações de que sua participação em eventos faz parte do processo de “reapresentação”, visando estruturar uma candidatura a deputado federal em 2026.

Apesar de mestres de cerimônia citarem várias presenças no evento, não houve menção a Delúbio, que permaneceu no fundo do auditório sem ser chamado para ocupar o palco. Abordado pela reportagem, ele se recusou a conceder entrevista, alegando que outras pessoas do partido deveriam ser ouvidas.

Após o evento, Delúbio negou estar envolvido em articulações para candidaturas do PT em Goiânia ou em outros estados. A decisão da direção do partido, segundo petistas graduados nos bastidores, é de não evitar nem incentivar a presença de Delúbio em eventos partidários. Há divergências, com alguns defendendo sua participação direta e outros alegando que a imagem do ex-tesoureiro causa desgastes à sigla.

Protagonista do lançamento, Adriana Accorsi negou motivos específicos para a aparente exclusão de Delúbio, justificando que muitas figuras históricas estavam presentes, tornando impossível citar todas as lideranças. Delúbio, livre de ações penais desde março de 2023, foi homenageado pelo PT em Brasília no mesmo ano, após ser central nos escândalos do mensalão e da Lava Jato, sendo expulso em 2005 e reintegrado em 2011.