Daniel Vilela acusa Marconi de “ressignificar” Iris e diz que goiano conhece a verdadeira relação entre os dois
Vice-governador reage à ofensiva política do ex-governador dentro do MDB, questiona legitimidade das articulações e afirma que Perillo tenta se apoiar no legado de Iris Rezende após perder protagonismo no próprio campo político.

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) elevou o tom contra o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ao comentar a movimentação recente do tucano para se aproximar de lideranças do MDB e utilizar a imagem de Iris Rezende, figura histórica do partido, como referência em sua pré-campanha ao governo de Goiás em 2026. As declarações de Daniel ocorreram no Palácio das Esmeraldas e representam a resposta mais contundente do emedebista às articulações de seu provável adversário eleitoral.
Segundo Daniel, a tentativa de Marconi de vincular sua trajetória à de Iris não encontra respaldo histórico nem político:
“O povo goiano sabe o quanto Iris abominava as práticas do Marconi. Ele perseguiu o Iris e sua família de maneira agressiva. Iris combateu essas práticas e jamais permitiu que o MDB se aproximasse dos governos tucanos.”
As afirmações fazem referência a disputas eleitorais e embates administrativos que marcaram décadas de rivalidade entre os dois líderes.
Articulação com suplentes e busca de filiação ao MDB é vista como sinal de fraqueza
A crítica mais direta de Daniel recaiu sobre a reunião em que Marconi recebeu de seis suplentes de vereador de Goiânia um documento solicitando sua filiação ao MDB. O ex-governador afirmou que levaria a lista ao presidente nacional do partido, Baleia Rossi, e ao ex-presidente Michel Temer, como demonstração de apoio interno.
Para Daniel, a iniciativa expõe o isolamento político do adversário:
“Já pensou o quanto Marconi está desprestigiado? Foi governador tantas vezes e hoje se presta a levar uma lista assinada apenas por suplentes. Esse é o Marconi de agora.”
A crítica também mira a tentativa do ex-governador de construir a narrativa de que teria espaço real dentro do MDB, partido historicamente opositor às gestões tucanas.
Uso da imagem de Iris e tensões internas ampliam disputa simbólica pelo MDB
Marconi Perillo tem feito publicações nas redes sociais recuperando obras, programas e imagens de Iris Rezende — com quem travou embates eleitorais em 1998, 2010 e 2014. A estratégia tenta reduzir a distância histórica entre os dois grupos e explorar insatisfações internas, em especial as declarações recentes de Ana Paula Rezende, filha de Iris, que criticou o MDB pela falta de apoio ao Memorial dedicado ao pai.
Daniel afirma que Marconi tenta se apoiar em uma história que não lhe pertence:
“Ele fugiu de Goiás, ficou muito tempo em São Paulo e voltou completamente desatualizado da política local. Retorna agora à cena do crime, tentando se aproximar do MDB com uma narrativa falsa. O povo conhece o pensamento de Iris sobre ele.”
O vice-governador ainda acusa Marconi de tentar se escorar no legado de Iris após o desgaste acumulado no PSDB:
“Depois de afundar o PSDB e a própria carreira, tenta pegar carona em uma trajetória verdadeira da vida pública goiana.”
Daniel minimiza dissidências e diz que MDB segue coeso
Apesar de movimentos isolados de filiados em direção a Marconi, Daniel afirma que o MDB não enfrenta descontentamento significativo entre prefeitos, parlamentares ou lideranças consolidadas.
“No maior partido do Estado, é natural que alguns se sintam desprestigiados. Mas quem tem representatividade dentro do MDB está satisfeito e integrado ao nosso projeto político”, declarou.
Com discursos cada vez mais diretos entre os dois pré-candidatos, o cenário eleitoral de 2026 em Goiás tende a ser marcado não apenas pela disputa de propostas, mas também pela batalha simbólica pelo legado de Iris Rezende — e pelo espaço real que cada um dos lados terá no MDB.
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