16 de setembro de 2024
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Cuidadora de Idosas é Presa por Golpes Milionários em Idosas: Contas são Bloqueadas e Bens Apreendidos

As investigações tiveram início após denúncia feita por uma sobrinha das vítimas, que alegou que Samara explorava financeiramente idosas.
Cuidadora teve contas bloqueadas após ser presa suspeita de aplicar golpes milionários em três idosas (Divulgação/Polícia Civil)

No desdobramento de um caso que chocou a comunidade, a cuidadora de idosos Samara Alves de Andrade, de 25 anos, foi presa em flagrante no dia 4 de janeiro sob a acusação de aplicar golpes milionários em idosas, sendo alvo de uma operação da Polícia Civil que resultou no bloqueio de suas contas e na apreensão de seus bens na última quinta-feira, 25 de janeiro.

As investigações tiveram início após uma denúncia feita por uma sobrinha das vítimas, que alegou que Samara explorava financeiramente idosas de 91, 96 e 98 anos. A polícia suspeita que a cuidadora tenha se apropriado de mais de R$ 1 milhão durante suas atividades.

Em uma reviravolta surpreendente, a defesa de Samara enviou uma nota à imprensa, proclamando a inocência da cliente em relação às acusações. “Estamos confiantes de que, durante o processo legal, a verdade será revelada, e sua integridade será restabelecida”, afirmou a defesa.

Durante as investigações, os agentes rastrearam o caminho do dinheiro supostamente desviado por Samara, identificando contas correntes e poupanças de pessoas ligadas a ela. O montante suspeito foi de mais de R$ 1 milhão. Os investigadores também encontraram indícios de aquisição de um veículo HRV, no valor de R$ 110 mil, uma motocicleta de R$ 12 mil, além de informações sobre a compra de várias joias, bens e valores.

A polícia relata que a cuidadora não conseguiu concluir as transferências dos veículos e parte das joias, pois foi presa antes que pudesse fazê-lo. A Justiça decidiu manter sua prisão preventiva. As equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Pessoa Idosa (Deai), com apoio da Polícia Militar, conseguiram localizar e apreender o carro e a moto.

A apreensão não se limitou aos bens diretamente ligados à cuidadora. Na residência da mãe de Samara, foram encontradas joias, documentos (extratos bancários e documentos dos veículos) e outros objetos relacionados à investigação. A polícia alega que esses itens confirmam a tese de que Samara enriqueceu ilicitamente com os valores das idosas.

A prisão de Samara ocorreu em 8 de janeiro, em Goiânia, após as investigações serem iniciadas dias antes, quando a sobrinha das vítimas procurou a polícia. A suspeita teria conquistado a confiança de uma das idosas ao longo de dois anos, obtendo uma procuração pública para movimentar as contas da vítima, uma servidora pública federal aposentada, que não possuía marido ou filhos.

A investigação aponta que a cuidadora teria desviado mais da metade do valor proveniente da venda de um apartamento em Brasília, avaliado em R$ 1 milhão, após a morte da primeira vítima. Posteriormente, ela foi contratada para cuidar da irmã dessa vítima, onde teria realizado um saque de R$ 2 mil com o cartão da nova idosa em seu primeiro dia de trabalho, sendo, no entanto, monitorada pela Polícia Civil.

Além das duas vítimas mencionadas, a suspeita também trabalhou na casa da cunhada de uma das idosas, causando um prejuízo adicional de R$ 40 mil, de acordo com a polícia.

O desenrolar desse caso continua a atrair a atenção da comunidade, enquanto Samara Alves de Andrade aguarda o desdobramento do processo legal que irá definir sua culpabilidade ou inocência diante das acusações que a envolvem.