Crime brutal em Cristalina: homem é preso após atropelar e matar amigo com golpes de machadinha
Janio Clécio Mendes da Silva, de 40 anos, foi morto com extrema violência após ser atropelado e golpeado no pescoço por um conhecido. Suspeito alegou legítima defesa diante de supostas ameaças. Crime foi registrado por câmeras de segurança e chocou a população local.
Um crime marcado pela brutalidade e registrado em vídeo reacendeu o debate sobre escaladas de violência interpessoal no Entorno do Distrito Federal. Janio Clécio Mendes da Silva, de 40 anos, foi morto na noite da última segunda-feira (21) em uma rua da cidade de Cristalina, após ser atropelado propositalmente e, em seguida, golpeado várias vezes com uma machadinha por um homem que, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), era seu amigo e conhecido de longa data.
O suspeito, de 45 anos, foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (22), ainda vestindo as mesmas roupas utilizadas no momento do assassinato, como evidenciado pelas imagens de câmeras de segurança que documentaram todo o crime.
A dinâmica do crime: frieza e premeditação
As imagens capturadas por câmeras de um imóvel residencial mostram Janio caminhando tranquilamente pela via, quando é surpreendido pelo veículo Fiat Palio prata conduzido pelo autor. O carro acelera repentinamente e atinge a vítima em cheio, arremessando-a ao chão. Sem hesitar, o condutor desce com uma machadinha nas mãos e desfere diversos golpes na região do pescoço de Janio, que morre ainda no local, sem qualquer chance de defesa.
A arma do crime foi localizada pela polícia e encaminhada para perícia no Instituto de Criminalística. A violência dos golpes e a precisão das investidas apontam para uma possível premeditação, embora a defesa do suspeito tenha apresentado uma versão diferente.
Defesa alega ameaça prévia e legítima defesa
Em nota, o advogado do suspeito afirmou que seu cliente agiu “em legítima defesa”, alegando que estava sendo ameaçado por Janio, inclusive com risco à integridade física de sua família. “A motivação do crime seria uma suposta ameaça da vítima à sua integridade e também de sua família. Segundo ele, quis proteger sua família”, declarou a defesa, sem apresentar até o momento provas documentais ou testemunhais que corroborem essa narrativa.
A Polícia Civil, porém, trata o caso como homicídio qualificado e aguarda a conclusão do inquérito policial, que será finalizado nos próximos dias. Segundo o delegado Cassius Zamo, responsável pela apuração, a motivação preliminar apurada indica uma desavença anterior entre os dois, possivelmente iniciada em um bar, que terminou de forma trágica e desproporcional.
“Estamos reunindo depoimentos de testemunhas que estavam com a vítima e o autor momentos antes do crime para compreender o contexto completo da situação. A dinâmica já está clara pelas imagens, agora precisamos estabelecer a motivação real e o histórico da relação entre os dois”, afirmou Zamo.
Repercussão local e investigação em andamento
A crueldade do assassinato e o fato de ter sido filmado geraram forte comoção em Cristalina, município com cerca de 60 mil habitantes. A população expressou perplexidade com a violência do ato, que rompeu com qualquer traço de contenção ou impulso momentâneo. A hipótese de legítima defesa é vista com reservas por investigadores e por parte da opinião pública local, principalmente diante do uso de uma arma letal e da violência continuada mesmo após o atropelamento inicial.
O corpo de Janio foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) da cidade, e o laudo cadavérico confirmará o número de golpes e a causa exata da morte. Já o suspeito foi encaminhado para o presídio local, onde aguarda audiência de custódia.
O inquérito deve ser finalizado em até dez dias e encaminhado ao Ministério Público de Goiás, que decidirá se o caso irá a julgamento por homicídio doloso qualificado, com agravantes como impossibilidade de defesa da vítima e uso de meio cruel.
Nota na íntegra da defesa
A defesa vai apurar os fatos. Além de ser um direito fundamental, é uma etapa crucial para a busca da justiça, garantindo que o acusado tenha a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos. A motivação do crime seria uma suposta ameaça da vítima a sua integridade e também de sua família. Segundo ele, quis a proteger sua família.
Fontes consultadas:
– Polícia Civil de Goiás (PCGO)
Tags: #Cristalina #HomicídioQualificado #CrimeBrutal #LegítimaDefesa #ViolênciaUrbana #PolíciaCivil #Investigação #Machadinha
