Personalizar preferências de consentimento

Usamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como "Necessários" são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para permitir as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são requeridos para habilitar os recursos básicos deste site, como fornecer login seguro ou ajustar suas preferências de consentimento. Esses cookies não armazenam nenhum dado de identificação pessoal.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies funcionais ajudam a executar determinadas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedback e outros recursos de terceiros.

Nenhum cookie para mostrar

Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego etc.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de desempenho são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência de usuário aos visitantes.

Nenhum cookie para mostrar

Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que você visitou anteriormente e para analisar a eficácia das campanhas publicitárias.

Nenhum cookie para mostrar

23 de julho de 2025
NotíciasPolíciaPolíticaÚltimas

Comurg investiga pagamentos de até R$ 1,4 milhão em série de acordos suspeitos; número de afastados chega a 38

Empresa municipal amplia investigação sobre pagamentos extrajudiciais suspeitos. Comurg identifica “fábrica” de acordos salariais fora da legalidade e aciona MP-GO e Polícia Civil. Total de envolvidos chega a 38, com indícios de conluio político na gestão anterior.
Sede da Comurg: companhia aponta suposta “fábrica” de acordos extrajudiciais ilícitos (Diomício Gomes / O Popular)

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) afastou nesta quinta-feira (26) mais quatro servidores suspeitos de participação em um esquema de acordos extrajudiciais com indícios de ilegalidade. Os novos afastamentos se somam a outros 34 realizados em fevereiro deste ano, totalizando 38 investigado. Os valores pagos indevidamente aos quatro últimos afastados chegam a R$ 1,4 milhão por pessoa.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a atual gestão da Comurg conseguiu localizar documentos anteriormente considerados desaparecidos, revelando a formalização de pagamentos que ignoraram etapas obrigatórias de controle jurídico e contábil. A direção da empresa aponta a existência de uma “estrutura organizada” para simular a legalidade de acordos administrativos que visavam o recebimento de diferenças salariais e retroativos de gratificações, algumas vezes não reconhecidas legalmente.


Supostos conluios e repasses a terceiros

Em ao menos três casos documentados nas sindicâncias já concluídas, servidoras afirmaram ter repassado parte do valor recebido a terceiros, o que reforça a linha de investigação sobre uma possível prática de lavagem de dinheiro ou desvio de recursos em benefício de um grupo político. As denúncias envolvem a suspeita de que os acordos administrativos — celebrados sem autorização judicial e à margem da Procuradoria Jurídica da companhia — eram superfaturados intencionalmente para que o excedente fosse redistribuído.


Afastamento remunerado e medidas disciplinares

Os quatro servidores agora afastados seguem recebendo remuneração enquanto tramitam sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares (PADs). Assim como os anteriores, os afastamentos são de 60 dias, com possibilidade de prorrogação. A Comurg confirmou que os funcionários anteriormente suspensos retornaram às funções em 9 de junho, embora continuem respondendo aos procedimentos disciplinares e, eventualmente, criminais.

“Nosso esforço agora é reconstituir cada um dos processos, identificar quem assinou, quem atestou, quem aprovou e quais etapas foram suprimidas. Há uma forte suspeita de atuação coordenada para driblar os mecanismos de controle da empresa”, afirmou uma fonte da alta direção da Comurg sob anonimato.


MP e Polícia Civil entram em cena

As investigações internas já resultaram no envio de pelo menos seis sindicâncias ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), da Polícia Civil. O objetivo é responsabilizar criminalmente os envolvidos, além de buscar a devolução dos recursos públicos por meio de ações judiciais.

O MP-GO confirmou à reportagem que instaurou procedimento preparatório para apurar eventuais atos de improbidade administrativa e crimes como peculato e associação criminosa.


Contexto político e suspeitas sobre antiga gestão

As denúncias surgiram no início de 2024, após a mudança no comando da Comurg, quando a nova direção iniciou uma varredura nas contas e contratos da companhia. Fontes ligadas à empresa afirmam que os supostos acordos ilegais eram praticados durante a gestão anterior.

A reportagem apurou que uma das linhas investigativas considera o envolvimento de pessoas próximas à cúpula do antigo comando da Comurg, com possível ligação direta com setores influentes da administração municipal. Os indícios apontam para uma prática reiterada, sistemática e com participação de múltiplos departamentos.


Próximos passos

A expectativa agora é de aprofundamento das apurações e possível abertura de inquérito civil e criminal contra os envolvidos. A devolução dos valores pagos de forma irregular, caso se confirme a ilegalidade, dependerá de sentença judicial.

A defesa dos quatro servidores afastados não foi localizada até o fechamento desta matéria.

Tags: #Comurg #Goiânia #Corrupção #ServiçoPúblico #MinistérioPúblico #PolíciaCivil #AcordosExtrajudiciais #Investigação #PrefeituraDeGoiânia #GestãoPública