Com obras aceleradas, Autódromo de Goiânia se prepara para receber a MotoGP após duas décadas
Daniel Vilela vistoria modernização do circuito Ayrton Senna, que recebe investimento de R$ 55 milhões para sediar cinco etapas do principal campeonato mundial de motovelocidade entre 2026 e 2030. Expectativa é de impacto econômico superior a R$ 860 milhões e geração de milhares de empregos.
O Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna passa por uma profunda reformulação para sediar novamente, após mais de 35 anos, uma das maiores competições do calendário esportivo mundial: a MotoGP. As obras de modernização, que começaram oficialmente em janeiro de 2025, receberam vistoria neste sábado (19/07) do governador em exercício Daniel Vilela, que inspecionou o avanço das intervenções em áreas cruciais como pista, boxes, torre de controle, camarotes e o novo centro médico.
A reforma faz parte de um pacote de investimento estadual de R$ 55 milhões, executado pelo Governo de Goiás por meio da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), com o objetivo de adequar o autódromo às exigências técnicas da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Uma nova era para o esporte goiano
Durante a visita, Daniel Vilela destacou a importância do projeto não apenas no aspecto esportivo, mas como vetor estratégico de desenvolvimento econômico e turístico. “É um investimento que ultrapassa os limites da pista. Estamos falando de um impacto direto no turismo, na hotelaria, no comércio e na imagem internacional de Goiás como sede de grandes eventos”, afirmou. Ele projeta que, apenas no primeiro ano da MotoGP em Goiânia, a movimentação financeira pode se aproximar de R$ 1 bilhão, com um público estimado de até 200 mil pessoas, das quais pelo menos 12% serão estrangeiros.
A reestruturação contempla a troca integral da camada asfáltica da pista, ampliação das áreas de escape, readequação dos boxes, instalação de barreiras de segurança modernas, alargamento da reta principal, e novos sistemas de contenção, como guardrails, muretas e barreiras de pneus, atendendo aos mais altos padrões internacionais.
Segundo o presidente da Goinfra, Pedro Sales, o objetivo é entregar um equipamento polivalente e preparado para atender tanto os desafios do motociclismo de elite quanto a prática esportiva local. “Estamos fazendo uma transformação total. Esse autódromo se tornará referência nacional e um espaço democrático para o esporte”, declarou.
Estrutura multifuncional e legado esportivo
Um dos diferenciais da reforma é a integração de um parque aquático voltado para o treinamento de triatletas e atletas de alto rendimento. A estrutura contará com piscinas, vestiários modernos e áreas para corrida e ciclismo, consolidando Goiânia como um hub esportivo para modalidades diversas.
“Estamos criando uma arena esportiva multifuncional. Além de abrigar a MotoGP, será uma praça completa de fomento ao esporte e à qualidade de vida do cidadão goianiense”, reforçou o superintendente de Infraestrutura e Segurança Esportiva da Seel, Nilton Cézar Moreira. Já o gerente do autódromo, Roberto Boettcher, foi enfático: “Vamos competir em nível de infraestrutura com os melhores circuitos do mundo”.
MotoGP: retorno histórico com legado duradouro
O retorno da **MotoGP ao Brasil foi viabilizado após assinatura de contrato entre o Governo de Goiás, a promotora do evento Brazil Motorsport, e a organização da categoria, em dezembro de 2024. Pelo acordo, Goiânia sediará cinco etapas entre 2026 e 2030, sendo atualmente a única cidade brasileira com estrutura homologada para o evento. A capital goiana já sediou corridas da MotoGP entre 1987 e 1989, quando o circuito ainda era considerado promissor no cenário sul-americano.
Segundo levantamento do Instituto Mauro Borges (IMB), a realização da prova em Goiânia pode gerar mais de 4 mil empregos diretos e indiretos, e movimentar mais de R$ 868 milhões na economia local em setores como hospedagem, transporte, gastronomia, entretenimento, marketing e serviços especializados.
O contrato também prevê ações de qualificação profissional e fomento ao turismo, com apoio de agências internacionais e promoção em feiras globais de motociclismo e turismo esportivo.
Conclusão das obras e legado permanente
As obras, que iniciaram no dia 23 de junho, já atingiram mais de 50% de execução e têm entrega prevista para o segundo semestre de 2026, com cronograma compatível com os testes oficiais da MotoGP no Brasil.
Com essa reestruturação, o Governo de Goiás projeta não apenas o retorno definitivo do país ao circuito mundial da motovelocidade, mas também um legado esportivo, social e econômico perene. “É mais do que uma reforma. É a transformação de um símbolo goiano em um ícone global do esporte, com segurança, acessibilidade e potencial de atrair eventos e atletas de todos os níveis”, resumiu Daniel Vilela.
Fontes consultadas:
– Governo de Goiás
– Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra)
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