Colisão frontal entre carretas boiadeiras na GO‑184 deixa dois motoristas mortos em Aporé (GO)
Um dos caminhões pegou fogo após o impacto; corpos foram carbonizados e animais da carga sofreram ferimentos graves, aponta perícia local
Um trágico acidente entre duas carretas boiadeiras tirou a vida de dois motoristas na manhã da última segunda-feira (28), em um trecho da GO-184, no município de Aporé, no Sudoeste goiano. As vítimas foram identificadas como Ricardo Alexandre Morato, de 48 anos, e João Vitor Fernandes de Farias, de 34. Segundo as autoridades, os caminhões colidiram de frente, provocando um incêndio que destruiu completamente uma das cabines e resultou na morte instantânea dos dois condutores.
A Polícia Científica confirmou que o corpo de uma das vítimas foi carbonizado no interior do veículo. O impacto foi tão violento que um dos caminhões — que estava carregado com gado — tombou e pegou fogo. Parte dos animais morreu na colisão, enquanto outros ficaram feridos ou se dispersaram nas imediações da rodovia.
Equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Chapadão do Céu foram acionadas, com reforço de brigadistas e caminhões-pipa de uma usina da região para combater as chamas. O fogo foi contido após intenso trabalho de resfriamento da estrutura dos caminhões.
Tragédia em trecho rural e críticas à segurança
O acidente ocorreu em um trecho estreito e de tráfego frequente de carretas, principalmente aquelas dedicadas ao transporte de animais vivos entre propriedades rurais e centros de abate ou confinamento. Testemunhas relataram que ambos os veículos pertenciam à mesma transportadora e trafegavam em direções opostas, com destino à mesma fazenda. O motivo do choque frontal ainda não foi determinado e está sob apuração da Polícia Civil de Goiás.
Ainda segundo fontes locais, não havia marcas evidentes de frenagem no asfalto, o que reforça a possibilidade de erro humano ou falha mecânica. A ausência de acostamento em boa parte do trecho também é apontada como um agravante. A Polícia Técnico-Científica realizou a perícia e o Instituto Médico Legal (IML) recolheu os corpos para identificação oficial e liberação às famílias.
O drama dos animais e a vulnerabilidade no transporte
Além das perdas humanas, o acidente evidenciou mais uma vez os riscos envolvidos no transporte rodoviário de carga viva. Muitos dos bovinos envolvidos na colisão sofreram fraturas ou queimaduras. Parte teve que ser eutanasiada por veterinários locais, tamanha a gravidade dos ferimentos. O restante foi transferido para outra propriedade rural da região.
Organizações de bem-estar animal e entidades ligadas à agropecuária voltaram a criticar a falta de fiscalização e os riscos estruturais das rodovias secundárias utilizadas para esse tipo de transporte em Goiás, especialmente em períodos de alta movimentação.
Comoção e luto
Nas redes sociais, amigos e familiares de Ricardo e João Vitor lamentaram a tragédia. Ambos eram experientes no transporte de cargas pesadas e tinham longa trajetória na mesma empresa. A comoção tomou conta da pequena cidade de Aporé, onde muitos moradores acompanharam de perto os trabalhos de resgate e o drama envolvendo a perda de vidas e animais.
A expectativa é que os laudos periciais esclareçam as circunstâncias do acidente nos próximos dias. Enquanto isso, o trecho da rodovia segue sob alerta das autoridades de trânsito, diante do risco de novos episódios.
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