Choque banal termina em tragédia: homem de 49 anos é morto com facada no pescoço após discutir em sorveteria de Anápolis
Homem é morto com golpe único no pescoço após confronto verbal e físico em frente a sorveteria tradicional; suspeito está foragido
Uma tragédia urbana chocou a população de Anápolis no início da noite deste domingo (06/07). Um homem de 49 anos, identificado como Mauro Sérgio de Souza, foi morto com uma única facada no pescoço após uma discussão aparentemente banal em frente a uma tradicional sorveteria da região central da cidade, na Rua Mauá. O autor do crime, já identificado, fugiu em uma caminhonete e segue foragido.
A sequência de eventos que culminou no homicídio foi registrada por câmeras de segurança e por testemunhas presentes. As imagens mostram como o desentendimento verbal entre a vítima e o agressor rapidamente escalou para violência física, em uma sucessão de provocações, ameaças e agressões que não foram contidas por nenhuma intervenção externa.
Um conflito impulsivo e mortal
Segundo informações apuradas com a Polícia Militar e relatos de testemunhas, o confronto teve início dentro da sorveteria, onde Mauro teria chegado com sinais de embriaguez e, ao se aproximar do balcão, acabou atrapalhando o atendimento de um cliente que pesava seu sorvete — o suspeito, Leandro Castro, que estava acompanhado de uma mulher e havia estacionado uma caminhonete S10 prata em frente ao local.
O mal-entendido se transformou em insultos mútuos. Leandro, irritado, sacou um canivete e começou a ameaçar verbalmente a vítima, que, diante da tensão, deixou o interior do estabelecimento. No entanto, a hostilidade persistiu do lado de fora: cadeiras de madeira da própria sorveteria foram usadas como armas improvisadas pelos dois homens.
Em meio ao confronto, Mauro desferiu um chute na caminhonete do suspeito. Foi então que Leandro retornou ao veículo, pegou uma faca de maiores proporções e, com um único golpe, atingiu diretamente o pescoço de Mauro, que caiu no chão em estado grave. A cena foi presenciada por diversos clientes e comerciantes da região.
Vítima morre no local e autor foge
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente. A equipe médica chegou a prestar os primeiros socorros, mas constatou a morte de Mauro ainda no local. Leandro recolheu rapidamente seus pertences, entrou na caminhonete e fugiu da cena do crime. Até o momento, ele não foi localizado.
A Polícia Militar isolou a área, e a Polícia Técnico-Científica realizou perícia na cena do crime. A Delegacia de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil assumiu o caso e já trabalha com imagens de câmeras de segurança para refinar a linha do tempo dos acontecimentos e confirmar as circunstâncias exatas da execução do crime.
Crime com agravantes e possível qualificação
De acordo com juristas ouvidos pela reportagem, o caso pode configurar homicídio qualificado, especialmente se for comprovada a premeditação ou o uso de meio que dificulte a defesa da vítima — como uma facada direta e fatal em uma região vital do corpo. O fato de o agressor ter se armado com uma faca após o início da briga também é considerado um agravante relevante para o inquérito.
A Sorveteria Néctar, onde tudo ocorreu, é uma das mais tradicionais da cidade, e o episódio causou consternação entre comerciantes e frequentadores da região central. A prefeitura de Anápolis ainda não se manifestou oficialmente, mas a Secretaria de Segurança Pública confirmou o reforço na ronda ostensiva no setor.
Clima de insegurança e indignação
O crime acendeu novamente o alerta sobre a escalada de violência por motivos fúteis em áreas comerciais e de lazer. “É inaceitável que algo tão trivial se transforme em morte. A sensação de insegurança cresce quando conflitos banais se tornam fatais em plena área central”, disse um comerciante local, sob anonimato.
A Delegacia Regional de Anápolis informou que o inquérito já está em curso e pediu a colaboração da população com denúncias anônimas. Informações sobre o paradeiro de Leandro podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (197), com garantia de sigilo.
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