Casal é preso em Goiânia por vender ilegalmente remédios para emagrecer manipulados com substâncias controladas
Investigação revela laboratório clandestino e distribuição nacional de medicamentos adulterados.

Um casal de empresários foi detido em Goiânia sob suspeita de fabricar e comercializar ilegalmente medicamentos para emagrecimento por meio das redes sociais. Conforme a Polícia Civil, os suspeitos operavam um laboratório clandestino onde manipulavam os produtos, adicionando substâncias controladas, como inibidores de apetite, e os vendiam como se fossem naturais.
A operação, realizada após denúncia da Vigilância Sanitária de Goiânia, cumpriu mandados de busca e apreensão em duas empresas e na residência dos investigados. Nos locais, foram encontradas milhares de caixas de medicamentos controlados e diversos produtos já embalados e prontos para comercialização. O delegado Alex Rodrigues, chefe do Grupo Especial de Investigações Criminais de Goiânia, destacou a gravidade da situação:
“Os medicamentos eram manipulados pelo casal em um ambiente totalmente insalubre, sem nenhuma higiene. O comprador desconhecia a real composição da fórmula.”
A mulher é proprietária de uma empresa de suplementos alimentares, em sociedade com o esposo e outra pessoa que não foi detida. O casal foi preso em flagrante devido à presença dos produtos ilícitos em sua residência, enquanto o terceiro sócio não estava presente no momento da operação.
Os detidos devem responder por falsificação de medicamento e associação criminosa. As investigações continuam para identificar a participação de outras pessoas no esquema.
Casos semelhantes em Goiás.
Este caso não é isolado. Em outubro de 2024, a Polícia Civil prendeu um médico, um personal trainer e outras duas pessoas por venda ilegal de medicamentos para emagrecer de procedência ignorada. As investigações revelaram que dois investigados traziam o medicamento supostamente de Londres e repassavam para o médico, que vendia através do personal trainer. As vendas eram realizadas por um valor bem abaixo do mercado.
Além disso, em dezembro de 2019, uma operação conjunta do Ministério Público de Goiás e da Polícia Civil desarticulou uma quadrilha que fabricava e vendia remédios para emagrecer sem autorização da Anvisa. Os medicamentos eram produzidos em condições precárias, utilizando substâncias controladas como a sibutramina, e vendidos como fitoterápicos.
Alerta das autoridades
A Polícia Civil alerta para os riscos associados ao consumo de medicamentos adquiridos sem prescrição médica e de fontes não confiáveis, enfatizando a importância de buscar orientação profissional adequada antes de iniciar qualquer tratamento para emagrecimento.