Carro e caminhão com agrotóxicos caem de ribanceira após colisão na GO-164; duas pessoas morrem e há risco ambiental
Bombeiros e Semad atuam para conter vazamento de defensivos agrícolas próximo ao Rio Vermelho; quatro militares apresentaram sintomas de intoxicação
Um acidente grave na manhã desta terça-feira (17) na GO-164, próximo à cidade de Goiás, deixou dois mortos e mobilizou diversas equipes de emergência devido ao risco ambiental. A colisão envolveu um carro de passeio e um caminhão carregado com defensivos agrícolas — populares agrotóxicos — que, após o impacto, despencaram de uma ribanceira. Segundo o Corpo de Bombeiros, os veículos pararam a poucos metros do Rio Vermelho, gerando preocupações sobre contaminação da água.
O acidente ocorreu em um trecho conhecido como descida da Carioca, área íngreme da rodovia. Conforme relato do tenente Pyterson Kazaer, o caminhão teria perdido o freio enquanto descia, colidindo violentamente contra o automóvel. As duas vítimas fatais, motorista e passageiro do carro, ficaram presas às ferragens. Um dos corpos foi retirado pelos bombeiros, mas o segundo precisará de equipamentos pesados, como guincho, devido à complexidade do resgate.
Os dois ocupantes do caminhão sofreram apenas ferimentos leves e foram atendidos no local.
Risco ambiental e resposta emergencial
A proximidade do local do acidente com o Rio Vermelho, que abastece a região, gerou uma mobilização urgente para evitar contaminação. O Corpo de Bombeiros montou barreiras de contenção para impedir que os agrotóxicos vazassem e atingissem o curso d’água.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) enviou uma equipe do Centro de Análises Ambientais e Laboratoriais para coletar amostras da água e monitorar a qualidade. Em nota, a Semad alertou a população para não consumir água ou se banhar no rio até a conclusão das análises.
“A responsável pela carga foi acionada e deverá contratar uma empresa especializada para remoção do material e mitigação dos impactos decorrentes do acidente”, informou a secretaria.
Bombeiros intoxicados durante o resgate
Durante os trabalhos, quatro bombeiros tiveram contato direto com o produto tóxico e apresentaram sintomas de intoxicação. Eles foram encaminhados para atendimento médico e, segundo a corporação, já receberam alta e passam bem.
O tenente Kazaer destacou a gravidade da situação: “Boa parte dos produtos é tóxica para o meio aquático. Mesmo embalagens lacradas podem ser levadas pela correnteza do rio e representar risco para a cidade, caso não sejam rapidamente removidas”.
Impactos ambientais e protocolo emergencial
Além da contenção imediata, a Semad acionou o protocolo de atendimento emergencial e envolveu a Defesa Civil, Saneago e o Batalhão de Operações com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros. O objetivo é evitar danos permanentes ao ecossistema local, especialmente ao Rio Vermelho, que corta a cidade de Goiás.
O caso reforça os riscos associados ao transporte de produtos perigosos em rodovias com condições desafiadoras e a necessidade de protocolos rígidos de fiscalização e segurança para evitar desastres ambientais.
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Fontes:
- Corpo de Bombeiros de Goiás
- Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad)
- Defesa Civil