Câmeras Flagram Suspeito Pedindo Pá Após Confessar Assassinato de Cuidadora de Idosos em Goiânia
Vídeo mostra Marcelo Júnior Bastos Santos buscando ferramentas para ocultar o corpo de Cíntia Ribeiro Barbosa; Polícia apura detalhes do crime brutal.
Na última segunda-feira (4), um crime bárbaro abalou Goiânia, onde Cíntia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, cuidadora de idosos, foi assassinada pelo colega de trabalho Marcelo Júnior Bastos Santos, de 27 anos. Câmeras de segurança capturaram imagens do suspeito caminhando por uma rua para pedir uma pá emprestada a vizinhos após o crime. Segundo as investigações, ele tentou ocultar o corpo da vítima, relatando à polícia que agiu em um acesso de fúria após ser rejeitado por ela.
O Crime
O feminicídio ocorreu no setor Cidade Jardim, na residência de um casal de idosos assistidos por Cíntia e Marcelo. Em depoimento, Marcelo confessou ter abordado a vítima para tentar beijá-la. Diante da recusa e de um tapa que, segundo ele, recebeu da vítima, o suspeito a imobilizou com uma técnica de “mata-leão”. Cíntia desmaiou, mas ao recobrar a consciência, tentou escapar, momento em que Marcelo a atacou novamente e, utilizando uma fita, a estrangulou até a morte.
Cíntia havia se casado no final de outubro e deixa o marido e quatro filhos. Nas redes sociais, amigos e familiares expressaram choque e tristeza, lembrando-a como uma pessoa gentil e cheia de vida.
Tentativa de Ocultação do Corpo
Logo após o crime, Marcelo tentou esconder o corpo no quintal da residência dos idosos, mas, sem encontrar ferramentas adequadas, foi captado pelas câmeras de segurança da rua, indo até vizinhos na tentativa de conseguir uma pá. O corpo de Cíntia foi posteriormente encontrado pela polícia em um imóvel vizinho.
Durante a audiência de custódia realizada na quarta-feira (6), Marcelo relatou estar sob o efeito de drogas na ocasião e afirmou que a rejeição da vítima teria sido o estopim para sua reação violenta. A Justiça determinou sua prisão preventiva, e a Polícia Civil autorizou a divulgação de sua imagem com o intuito de estimular testemunhas ou possíveis vítimas a prestarem depoimentos, ampliando as investigações.
Repercussão e Investigações
A Defensoria Pública de Goiás foi consultada, uma vez que Marcelo não constituiu advogado na audiência de custódia, mas até o momento não houve resposta. A Polícia Civil agora investiga se Marcelo possui histórico de violência ou outros possíveis crimes. “É fundamental que qualquer pessoa com informações sobre o comportamento do suspeito se apresente, pois há indícios de uma personalidade agressiva e um possível padrão de violência,” afirmou o delegado responsável.
Justiça e Campanha contra a Violência
O caso de Cíntia destaca a urgência de medidas mais eficazes contra a violência de gênero. Em nota, a Polícia Civil reforçou seu compromisso em tratar casos de feminicídio com rigor e transparência. A triste morte de Cíntia Ribeiro Barbosa reacende a discussão sobre a segurança de mulheres em suas rotinas de trabalho e a importância de mecanismos preventivos e de acolhimento para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Enquanto a polícia avança na investigação, familiares e amigos aguardam justiça, expressando nas redes sociais o quanto a perda de Cíntia representa um vazio irrecuperável. A história dela é mais uma lembrança dolorosa da necessidade de esforços coletivos para erradicar a violência contra a mulher, na esperança de que casos como este não se repitam.
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