Caiado Rejeita Uso de Câmeras em Fardas Policiais e Critica Portaria do Ministério da Justiça
Governador de Goiás afirma que a medida é prerrogativa dos estados e defende modelo de segurança local.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou à revista Veja que não irá implementar câmeras nas fardas dos policiais do estado. Durante a entrevista ao canal da revista no YouTube nesta sexta-feira (31), Caiado criticou a recente portaria do Ministério da Justiça que orienta a utilização desses equipamentos pelos agentes durante o serviço.
“Goiás não tem nem terá câmera”, afirmou Caiado enfaticamente. “Não tem e não vou implementar. Isso é uma prerrogativa dos estados, por norma constitucional”, completou, deixando claro que a decisão sobre o uso de câmeras corporais deve ser tomada pelos governadores e não pelo governo federal.
A portaria do Ministério da Justiça visa “padronizar” o uso das câmeras em todo o país, buscando transparência e controle nas ações policiais. Contudo, Caiado vê a medida como uma interferência indevida nas políticas de segurança pública estaduais. “Cabe aos estados definir a sua política de segurança pública”, argumentou o governador.
Caiado defendeu o modelo de segurança adotado em Goiás, afirmando que o estado possui a polícia mais eficiente do país. “Em Goiás a segurança é plena, dentro dos moldes que estipulamos”, destacou. Ele também enfatizou a função primordial da polícia: “Polícia foi feita para proteger o cidadão, e não para dar guarida a bandido.”
A declaração de Caiado gera debates sobre a autonomia dos estados em relação às diretrizes federais na área de segurança pública. Enquanto alguns defendem o uso de câmeras como uma forma de aumentar a transparência e a confiança na polícia, outros, como o governador goiano, acreditam que cada estado deve ter a liberdade de definir suas próprias estratégias e políticas.
Esta postura de Caiado reflete uma tensão crescente entre os governos estaduais e federal sobre a gestão da segurança pública no Brasil. A população e os especialistas aguardam para ver como essa discordância influenciará a implementação de políticas de segurança no futuro próximo.