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27 de maio de 2025
JustiçaNotíciasPolíciaÚltimas

Briga por jogo de dominó termina em tragédia: homem é executado por engano em Senador Canedo

Conflito entre familiares durante partida de dominó resulta em homicídio de inocente; suspeito está foragido e pai é preso por envolvimento no crime.
Francisco Erisvan Oliveira que foi morto por engano (Reprodução/TV Anhanguera)

Mais de um mês após ter ocorrido, um crime chocante em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, teve seus detalhes divulgados pela Polícia Civil nesta terça-feira (22), em conjunto com a notícia da prisão de um dos envolvidos. Na noite de 15 de março de 2025, Francisco Erisvan Oliveira Alves, um homem de 34 anos, foi morto a tiros por engano, vítima inocente de uma briga iniciada durante um jogo de dominó. A investigação da Polícia Civil aponta como autor dos disparos Fabiano Cavalcante Andrade, de 28 anos, que teria contado com a ajuda de seu pai, de 55. Enquanto Fabiano permanece foragido, o pai foi preso preventivamente esta semana.

O delegado Adriano Jaime, titular responsável pelo caso no Grupo Especial de Investigação de Homicídios (GIH) de Senador Canedo, detalhou a sequência de eventos que culminou na tragédia. Segundo ele, a confusão teve início em uma distribuidora de bebidas, durante uma partida de dominó envolvendo o pai de Fabiano e o irmão de Francisco Erisvan. A disputa escalou rapidamente para uma briga acalorada, culminando com o irmão da vítima desferindo um tapa no rosto do pai de Fabiano.

A agressão física desencadeou uma reação violenta por parte do pai de Fabiano, que teria ameaçado o irmão de Francisco de morte. Conforme relatado pelo delegado Adriano Jaime, o homem não se limitou às ameaças no local do jogo. Ele teria se dirigido à residência do irmão de Francisco e, segundo testemunhas, estava com um volume na cintura indicando portar uma arma de fogo, reforçando as ameaças. Em um momento crucial para a investigação, o pai do suspeito teria chegado a declarar para o irmão da vítima que já havia “ordenado a morte do homem”.

Mais tarde, por volta das 22 horas daquela noite de 15 de março, Francisco Erisvan Oliveira Alves tomou conhecimento da briga e das sérias ameaças dirigidas ao seu irmão. Preocupado, ele foi até a casa do familiar para prestar apoio e conversar sobre a situação. Enquanto os dois irmãos estavam reunidos na residência, Fabiano Cavalcante Andrade, filho do homem que iniciou a briga, chegou ao local.

Segundo o delegado Adriano Jaime, Fabiano procurava especificamente pelo irmão de Francisco. No entanto, as pessoas presentes na casa não forneceram a identidade ou localização do alvo que ele buscava. A recusa em apontar o irmão de Francisco teria acirrado ainda mais a fúria de Fabiano, levando ao desfecho fatal e equivocado.

Em um acesso de raiva, Fabiano efetuou disparos na residência. “Ele ficou com mais raiva ainda e efetuou um disparo na parede”, relatou o delegado, confirmando que Fabiano disparou três vezes ao todo no local. Tragicamente, no terceiro disparo, de forma equivocada, Fabiano atingiu Francisco Erisvan. “No terceiro disparo acertou Francisco que não tinha nada a ver com a confusão”, pontuou Adriano Jaime, sublinhando a total inocência da vítima na briga original que deu origem a toda a cadeia de eventos. Francisco foi atingido por apenas um tiro, mas o ferimento foi fatal, resultando em sua morte no local.

Após efetuar os disparos e perceber a consequência trágica de seu ato por engano, Fabiano Cavalcante Andrade empreendeu fuga correndo da cena do crime. Sua evasão, segundo o delegado, ganhou contornos ainda mais graves e perigosos. Em frente a uma lanchonete nas proximidades, ele abordou uma pessoa que saía de um veículo HB20 de cor branca e, sob grave ameaça, tomou o carro de assalto. Não satisfeito, Fabiano fez a vítima refém, obrigando o motorista a levá-lo para dois locais distintos em sua tentativa desesperada de escapar da polícia. No último local onde Fabiano obrigou o refém a parar, ele entrou em uma residência. Nesse momento, a vítima do roubo e refém conseguiu aproveitar a oportunidade para escapar e se esconder. Após algum tempo dentro da casa, Fabiano saiu e continuou sua fuga na garupa de uma motocicleta conduzida por uma mulher, desaparecendo da vista das autoridades.

As investigações conduzidas pelo GIH de Senador Canedo sob a coordenação do delegado Adriano Jaime avançaram durante o último mês e levaram à identificação dos envolvidos. A prisão do pai de Fabiano ocorreu na manhã da última terça-feira (22), o que permitiu à Polícia Civil divulgar os detalhes do caso para a imprensa. O pai de Fabiano Cavalcante Andrade teve um mandado de prisão preventiva cumprido e é considerado pela polícia um dos autores do homicídio qualificado contra Francisco Erisvan, por sua participação ativa nas ameaças e no contexto que culminou na morte por engano. A Polícia Civil segue agora em intensa busca por Fabiano, o suspeito de ter efetuado os disparos fatais e que, além do homicídio, deverá responder pelos crimes de roubo com restrição de liberdade (assalto do veículo e sequestro do motorista). O caso evidencia a triste e violenta escalada de conflitos banais e a tragédia que a irracionalidade pode causar, ceifando a vida de uma pessoa que simplesmente buscou dar apoio a um familiar.

Tags: #SenadorCanedo #Homicídio #ViolênciaUrbana #Justiça #SegurançaPública