Árbitro Caio Max Augusto Vieira solicita transferência para atuar em Goiás: foco no VAR e novo capítulo na carreira
Profissional envolvido em polêmica recente com o Goiás busca oportunidades no futebol goiano por motivos pessoais e profissionais
O árbitro Caio Max Augusto Vieira, de 42 anos, deu início a um processo que pode mudar sua trajetória no futebol brasileiro. Atualmente vinculado à Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol, ele formalizou pedido de transferência para o quadro da Federação Goiana de Futebol (FGF). A decisão foi motivada por questões familiares e profissionais, já que sua esposa está sendo transferida para a região Centro-Oeste.
Com mais de uma década de experiência na arbitragem, Caio Max se destacou pela atuação no VAR (árbitro assistente de vídeo), área na qual pretende focar sua atuação em Goiás.
Trâmite de transferência e histórico de migrações
O presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Goiás (CEAF/GO), coronel Júlio César Mota, confirmou o andamento do pedido junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo ele, o processo é comum no meio e não deve enfrentar entraves burocráticos.
“Caio nos procurou com a intenção de trabalhar mais próximo de sua família e focar no VAR. Estamos tratando da documentação necessária com a CBF e acreditamos que será um processo rápido. Ele também estará disponível para atuar em campo, caso necessário, especialmente em competições locais como o Campeonato Goiano”, explicou Mota.
O coronel também destacou casos similares no passado, como o de Wilton Pereira Sampaio, que deixou o Distrito Federal em 2012 para atuar por Goiás e hoje integra o quadro da FIFA, e da assistente André Severo, que migrou do Paraná.
Polêmica recente e repercussão no Goiás
A carreira de Caio Max, no entanto, não é isenta de controvérsias. Um dos episódios mais marcantes de 2024 ocorreu durante o empate entre Goiás e América-MG (2 a 2), pela Série B. Na partida realizada em 17 de outubro, o árbitro anulou um gol de Ángelo Rodríguez, do Goiás, após revisão no VAR que indicou toque involuntário na bola por Caio Max antes da conclusão do lance.
A decisão gerou grande insatisfação no Goiás, que acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitando a anulação do jogo, alegando erro de direito. Contudo, o STJD manteve o resultado de campo, por decisão unânime, em 14 de novembro.
Apesar do desgaste gerado pelo episódio, a transferência para a FGF é vista como uma oportunidade de renovação para o árbitro e de fortalecimento da arbitragem no estado.
Oportunidades e desafios no futebol goiano
Caso o pedido de transferência seja aprovado, Caio Max poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento da arbitragem local, especialmente em competições estaduais e nacionais. Seu foco no VAR, área que exige cada vez mais precisão e tecnologia, é um diferencial que pode beneficiar o futebol goiano.
Além disso, ele terá a chance de mostrar versatilidade, podendo ser escalado tanto para o VAR quanto para arbitragens de campo. Com a proximidade do Campeonato Goiano, que começa em 15 de janeiro, a integração de Caio ao quadro da FGF pode representar um importante reforço para a equipe de arbitragem local.