Motoboy é morto em emboscada no norte de Goiás e corpo é ocultado em bueiro às margens da BR-080
Segundo a polícia, jovem de 23 anos foi atraído sob o pretexto de um serviço de corrida; dois suspeitos foram presos em flagrante e o crime teria sido motivado por desavença banal

A Polícia Militar de Goiás investiga um homicídio ocorrido no norte do estado que chocou moradores da região pela violência e pela aparente banalidade da motivação. O motoboy Carlos Júnior, de 23 anos, foi morto em uma emboscada e teve o corpo ocultado em um bueiro às margens da BR-080, nas proximidades da Fazenda Três Marias, em Fiicolândia, distrito do município de Mara Rosa. Dois suspeitos foram presos no domingo (28) e permanecem à disposição da Justiça.
De acordo com informações apuradas pelas forças de segurança, Carlos foi atraído ao local acreditando que realizaria um serviço de corrida, prática comum em sua rotina de trabalho. A investigação aponta que um dos envolvidos seria vizinho da vítima e teria demonstrado irritação dias antes, após um desentendimento considerado de baixa gravidade. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que esse episódio tenha desencadeado o crime.
O tenente Maykon Davi Flores Costa, que coordenou as equipes da ocorrência, informou que relatos colhidos durante as diligências indicam movimentação atípica horas antes do homicídio. Comerciantes da região afirmaram que o jovem esteve procurando um dos suspeitos, enquanto uma testemunha relatou ter visto uma perseguição em uma estrada vicinal, envolvendo dois homens, um deles possivelmente armado.
A família da vítima descreve Carlos como uma pessoa conhecida e querida na cidade. A irmã, Nara Núbia Pereira, relatou que a comunidade se mobilizou nas buscas e que o sepultamento reuniu grande número de moradores, em sinal de comoção coletiva. Segundo ela, Carlos era neurodivergente, realizava acompanhamento terapêutico contínuo e apresentava comportamento compatível com alguém mais jovem, o que pode ter contribuído para que não percebesse o risco da situação em que se envolveu.
Ainda conforme a família, o jovem não imaginava que o desentendimento recente pudesse evoluir para um ato extremo. A Polícia trata o caso como um crime de motivação desproporcional, o que reforça a gravidade do episódio e a necessidade de aprofundamento das investigações.
Durante a abordagem policial, um dos suspeitos teria confessado participação no crime, relatando a emboscada e a ocultação do corpo. Após os procedimentos iniciais e exames de praxe, ambos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Civil, onde o caso segue sob investigação para esclarecimento completo das circunstâncias, responsabilidades e eventuais conexões adicionais.
A Polícia Civil reforça que o inquérito está em andamento e que novas diligências devem ser realizadas para consolidar as provas e subsidiar o processo judicial.
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