PF deflagra oitava fase da Operação Overclean para desarticular esquema de fraudes e corrupção
Mandados de busca e apreensão e sequestro de bens são cumpridos em quatro cidades; investigados podem responder por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal, deflagrou nesta sexta-feira (31) a oitava fase da Operação Overclean, voltada a desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além de determinações de sequestro de valores considerados ilícitos, em endereços localizados em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas podem chegar a décadas de reclusão.
Contexto da operação
A Operação Overclean teve início em dezembro de 2024, quando a Polícia Federal identificou um esquema estruturado para fraudar licitações e superfaturar contratos públicos, envolvendo municípios que receberam recursos via emendas parlamentares. Durante as fases anteriores, a investigação revelou a existência de empresas de fachada usadas para desviar recursos e beneficiários finais ligados a empresários e políticos.
Entre os documentos apreendidos, planilhas detalhavam mais de 100 nomes e codinomes, indicando a complexidade do esquema. Um dos investigados, conhecido como “Rei do Lixo”, foi apontado como articulador político do grupo, com influência sobre contratos e repasses em diversos estados.
Alcance e impacto
As investigações indicam que o esquema não se restringia a um único estado ou município, envolvendo uma rede nacional que direcionava licitações, superfaturava contratos e ocultava a origem de recursos através de empresas interpostas. A PF detalha que a oitava fase visa identificar os beneficiários finais, apreender valores e documentos e aprofundar a responsabilização criminal dos envolvidos.
Até o momento, não há registro de prisões decorrentes desta fase, mas os agentes seguem diligenciando endereços e analisando a documentação apreendida para subsidiar futuras medidas judiciais.
A operação reforça a atuação integrada de órgãos de controle e fiscalização, evidenciando o esforço contínuo do Estado para coibir desvios de recursos públicos e assegurar transparência na administração pública.
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