7 de dezembro de 2025
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Estado de Goiás perde cerca de R$ 625 milhões anuais com comércio ilegal de cigarros eletrônicos e sachês de nicotina, aponta estudo da Universidade de São Paulo

Pesquisa inédita da Escola de Segurança Multidimensional (ESEM-USP) em parceria com o Ipsos revela que o Brasil deixa de arrecadar mais de R$ 13,7 bilhões por ano em tributos associados aos novos produtos de tabaco; no mesmo estudo, a região Centro-Oeste registra cerca de R$ 1,48 bilhão em perdas.
Levantamento inédito da Escola de Segurança Multidimensional (ESEM-USP) e do Instituto IPSOS revela que mais de 900 mil brasileiros frequentemente.

Um estudo divulgado em 22 de outubro de 2025 pela Escola de Segurança Multidimensional (ESEM) da Universidade de São Paulo, em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos, revela que o Estado de Goiás deixa de arrecadar aproximadamente R$ 625,9 milhões por ano em impostos devido ao consumo e à comercialização ilegal de cigarros eletrônicos (vapes) e sachês de nicotina — produtos que operam majoritariamente fora dos marcos regulatórios brasileiros.

A pesquisa, intitulada 1º Levantamento Nacional sobre a Demanda por Bens e Serviços Ilícitos, estima que o mercado clandestino desses novos produtos de tabaco mobiliza valores da ordem de R$ 7,81 bilhões ao ano em todo o país e que, se legalizados e tributados, poderiam gerar até R$ 13,7 bilhões em arrecadação nacional.

Principais achados para Goiás

  • O estudo aponta que mais de 900 mil pessoas na região Centro-Oeste fazem uso frequente desses produtos.
  • No Estado de Goiás, embora o estudo não detalhe um número exato de usuários, a extrapolação proporcional indica grande volume de consumidores que operam fora dos canais regulados.
  • Do total de perdas estimadas para Goiás, cerca de R$ 621,4 milhões correspondem apenas aos cigarros eletrônicos, e aproximadamente R$ 4,4 milhões estão associados a sachês de nicotina.
  • A ausência de regulamentação formal desses produtos é apontada como um dos fatores que alimenta o mercado ilegal, oferecendo ambiente de operações que impactam negativamente a arrecadação e favorecem redes criminosas.

Impacto econômico e social

De acordo com o professor Leandro Piquet, coordenador da pesquisa e docente do Instituto de Relações Internacionais da USP, “quando existe uma demanda, haverá sempre alguém disposto a atendê-la”, ressaltando que o regime de proibição sozinho não elimina o comércio, mas desloca-o para o mercado clandestino, onde organizações criminosas atuam com lucratividade, controle territorial e financiamento de outras atividades ilícitas.

Desafio regulatório

O estudo expõe o paradoxo regulatório brasileiro: enquanto produtos como cigarros eletrônicos e sachês de nicotina não contam com norma específica ou autorização clara para comercialização, a procura segue em ascensão e o mercado ilegal prospera. Entre os obstáculos identificados estão a falta de fiscalização, tributação adequada, registro de mercado e mecanismos de controle das cadeias de fornecimento.

Consequências e próximas etapas

Para Goiás, a principal consequência imediata reside no vácuo de arrecadação tributária estadual e federal, que poderia ser revertido em políticas públicas de saúde, educação e segurança. Além disso, o estudo sugere que a entrada desses produtos no comércio formal poderia provocar mudança na dinâmica de combate ao crime organizado, ao reduzir recursos não tributados.
Em âmbito federal e estadual, a pesquisa fortalece o debate sobre regulação, tributação e controle dos novos produtos de tabaco e nicotina, em consonância com tratados internacionais como a Convenção‑Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT/OMS) que orienta medidas de controle, tributação e comércio desses bens.

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Marcus

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