Cooperativas de reciclagem serão ouvidas pela CEI do “Limpa Gyn” para prestar esclarecimentos sobre mudanças no sistema de coleta
Testemunhos de dirigentes das cooperativas Beija Flor e Cooper-Rama servirão para opinar sobre falhas e alterações recentes na gestão do lixo em Goiânia

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn, instalada na Câmara Municipal de Goiânia, vai convocar nesta terça-feira (7) representantes de cooperativas de reciclagem para depor em seu segundo ciclo de oitivas. A partir das 14h, prestarão depoimento, na condição de testemunhas, Claubi Teixeira Lemos, presidente da cooperativa Beija Flor, e Dulce Helena do Vale, presidente da Cooper-Rama.
Segundo o presidente do colegiado, vereador Welton Lemos (SD), o objetivo é colher subsídios técnicos para esclarecer quais mudanças efetivas ocorreram no sistema de coleta seletiva — sejam na qualidade, na quantidade ou nos direcionamentos contratuais. “Queremos ouvi-los para que nos digam o que acontecia antes e o que ocorre agora. É fundamental apurar as reclamações que surgem desses segmentos”, afirmou o parlamentar.
A estratégia de convocar cooperativistas como testemunhas é parte de uma vertente investigativa: comparar os relatos desses atores com os documentos contratuais da Prefeitura, os relatórios operacionais da empresa contratada e a prestação de contas do programa “Limpa Gyn”.
Na primeira rodada de depoimentos, foram ouvidos agentes públicos responsáveis pela gestão e fiscalização do contrato de coleta: o diretor de Serviços de Infraestrutura Urbana da Prefeitura, Paulo Henrique Francisco Vargas, fiscais do contrato municipal e representantes de outras cooperativas da rede de recicladores. Nesta terça, a CEI completa o quadro de ouvintes com líderes diretamente envolvidos no trabalho de campo.
Espera-se que as perguntas dos parlamentares abordem, entre outros pontos:
- a magnitude das alterações nas rotas de coleta seletiva;
- impactos na renda dos catadores e cooperativas;
- critérios adotados para remanejamento ou discretização de cooperativas;
- variações na entrega de materiais recicláveis;
- eventual descumprimento contratual ou defasagem nos pagamentos;
- e registro documental de demandas, reclamações e resoluções.
As respostas obtidas nesta oitava poderão compor o relatório final da CEI, cujo escopo é emitir recomendações ao Executivo municipal — incluindo ajustes no contrato de terceirização da coleta, revisão das cláusulas contratuais, ampliação de fiscalização e garantia de participação das cooperativas de forma sustentável.
A expectativa é que o depoimento dessas lideranças coopere para aumentar a transparência do programa “Limpa Gyn” e elevar o nível de debate sobre a sustentabilidade do serviço de coleta seletiva em Goiânia.
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