CAC que matou ex-companheira em Goiás tem prisão preventiva mantida: “Crueldade sem dimensões”
Homem que assassinou a tiros dona de floricultura em Santa Terezinha de Goiás permanece detido; arsenal encontrado levanta debate sobre controle de armas CAC.
A Justiça converteu a prisão temporária em prisão preventiva de Tiago Xavier Junqueira, de 35 anos, em audiência de custódia realizada no domingo (7/9). Ele é acusado de matar a tiros a ex-companheira, Tânia Lopes dos Santos, de 29 anos, dentro da floricultura dela em Santa Terezinha de Goiás. A decisão judicial ressaltou que o crime se enquadra como uma “crueldade sem dimensões”.
Detalhes do crime e abordagem policial
O crime ocorreu na sexta-feira (5/9), no centro da cidade. Tiago disparou sete vezes contra Tânia, que foi atingida no tórax, nas costas, braço e coxa, conforme consta em boletim policial. O irmão da vítima tentou intervir e acabou sendo ferido de raspão. Após o crime, populares contiveram Tiago até a chegada da Polícia Militar, que apreendeu com ele uma pistola calibre .40, de uso restrito.
Arsenal apreendido e condição como CAC
Na residência do suspeito, a polícia encontrou um arsenal: rifles, carabinas, pistolas e centenas de munições, muitas delas sob as telhas da casa. Tiago, que se declarou Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), não apresentou justificativa plausível para portar arma de uso restrito no local do crime.
Motivação, defesa e aspectos legais
Durante a audiência, o réu confessou o crime, embora não tenha apresentado motivação convincente. A defesa, em nome de uma defensora pública, argumentou que ele é pai de duas crianças menores de 12 anos e usuário de medicação controlada, pedindo medidas cautelares alternativas. O pedido foi negado pela juíza, que enfatizou a gravidade do ato e a ausência de vínculo empregatício formal.
Reações e repercussão
O assassinato gerou forte comoção em Santa Terezinha de Goiás. Amigos e moradores utilizaram as redes sociais para expressar solidariedade à família. A Prefeitura divulgou nota de pesar destacando o “profundo pesar” e enfatizando que “Santa Terezinha está de luto” com a perda da “jovem bondosa, honesta e trabalhadora”.
Este caso escancara a complexidade dos registros CAC no Brasil e levanta a necessidade urgente de revisão nas normas de porte e uso de armas, especialmente por indivíduos com histórico de violência doméstica. Ademais, ressalta a importância de políticas públicas efetivas na prevenção de feminicídios e na proteção das vítimas. O massacre cometido por Tiago religa diretamente à agenda de combate à violência de gênero e à legislação de controle de armas.
Tags: #Feminicídio #CAC #SantaTerezinhadeGoiás #PrisãoPreventiva #ViolênciaContraMulher #ControleDeArmas

