Polícia fecha casa de prostituição em Luziânia e resgata crianças expostas a situação de risco
Operação encontrou menores em ambiente insalubre, com indícios de exploração sexual; duas mulheres foram presas por manter prostíbulo e responderão também por maus-tratos

A Polícia Civil de Goiás fechou uma casa de prostituição que funcionava em condições degradantes no município de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e resgatou três menores — duas crianças, de 9 e 11 anos, e um adolescente de 12. O caso veio à tona durante a Operação Integral, deflagrada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com apoio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).
Duas mulheres foram presas em flagrante sob suspeita de administrar o prostíbulo e de submeter os próprios filhos a maus-tratos. As identidades não foram reveladas pela polícia. O Conselho Tutelar de Luziânia foi acionado e assumiu a guarda provisória das crianças, que foram encaminhadas a acolhimento institucional.
Ambiente de risco e indícios de exploração
De acordo com o delegado Wallace Vieira, responsável pelo caso, o imóvel apresentava fortes indícios de exploração sexual. Os investigadores encontraram um quarto adaptado com iluminação direcionada, preservativos usados e novos, roupas íntimas e material erótico, além de bebidas alcoólicas e dinheiro espalhados pela casa.
Segundo a Polícia Civil, os objetos e a estrutura do local confirmam que o espaço era destinado à prostituição, o que potencializava a exposição das crianças a riscos físicos, psicológicos e sociais.
Denúncia e investigações
As investigações começaram a partir de denúncias encaminhadas ao Conselho Tutelar, que relatavam a presença de crianças em ambiente de exploração sexual. A partir dessas informações, a DPCA monitorou o local e reuniu provas que culminaram na ação policial.
O delegado Wallace destacou que a operação teve caráter protetivo e repressivo: “Nosso objetivo principal foi retirar os menores de um ambiente de risco, ao mesmo tempo em que responsabilizamos criminalmente as pessoas que exploravam o espaço para fins ilícitos”.
Responsabilização e próximos passos
As duas investigadas foram autuadas por manutenção de casa de prostituição e maus-tratos contra crianças e adolescentes. Ambas estão à disposição da Justiça e podem responder também por outros crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dependendo do avanço das apurações.
O Conselho Tutelar não informou oficialmente para onde as crianças foram encaminhadas, mas, segundo fontes da Polícia Civil, elas foram levadas a unidade de acolhimento em caráter emergencial.
A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e deve ouvir vizinhos e frequentadores da casa para detalhar a extensão das atividades ilegais e verificar se há indícios de exploração sexual de menores, hipótese que pode agravar ainda mais a pena das suspeitas.
Tags: #PolíciaCivil #Luziânia #Prostituição #MausTratos #CriançasResgatadas #OperaçãoIntegral #ECA #ConselhoTutelar

