Mãe é Presa Sob Suspeita de Omissão em Caso de Abuso Sexual de Filha em Piracanjuba

Investigação da Polícia Civil de Goiás apura se mulher recebeu compensação financeira do marido para não denunciar estupros contra a própria filha, de 14 anos.

A Polícia Civil de Goiás deu um passo crucial na investigação de um hediondo crime na zona rural de Piracanjuba, prendendo preventivamente uma mulher de 48 anos por suspeita de omissão imprópria e possível conivência. A detenção ocorreu na última sexta-feira (8), e a mulher é acusada de não apenas falhar em proteger a própria filha, uma adolescente de 14 anos, mas também de ter recebido uma quantia em dinheiro do marido para não denunciar os abusos sexuais cometidos por ele.

O caso veio à tona após a prisão do padrasto da menina, no dia 16 de julho. Em depoimento, o homem, cujo nome não foi divulgado, confessou ter estuprado a enteada em duas ocasiões no mês de abril. Com o andamento das investigações, a polícia passou a suspeitar do envolvimento da mãe da vítima. Segundo o delegado Leylton Barros, testemunhas-chave relataram que a mulher teria recebido cerca de R$ 5 mil do marido, após a confissão dos crimes, para silenciar e mentir em seu depoimento à polícia.

Em seu interrogatório, a mãe da adolescente admitiu ter conhecimento dos abusos e que, de fato, mentiu às autoridades para proteger o marido. Contudo, ela nega ter recebido qualquer quantia em dinheiro em troca de seu silêncio. A discrepância entre as declarações e os indícios levantados pela investigação é o principal ponto de sustentação da prisão. O advogado da mulher informou que está analisando os autos do processo e coletando informações adicionais para a defesa.

A adolescente, vítima dos crimes, foi retirada do ambiente familiar e está sob a guarda do pai biológico, que reside no Mato Grosso, garantindo-lhe um ambiente seguro e protetor. A prisão da mãe, por sua vez, reforça o compromisso da Polícia Civil em coibir não apenas os agressores diretos, mas também aqueles que, por omissão ou conivência, contribuem para a perpetuação da violência doméstica e sexual.

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